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Linha White

As críticas dos outros podem interferir na nossa auto-estima?

É natural darmos importância a forma como somos vistos e valorizados por outras pessoas. A opinião dos outros é importante para nós, sendo muitas vezes através dos outros que nos integramos a nós mesmos. Somos seres sociais, vivemos em grupo, logo é natural que sintamos a sua pressão e influência. A auto-estima é uma necessidade que cumpre a função de fazer corresponder a visão que os outros têm de nós ao que somos verdadeiramente, e ao facto de correspondermos aos padrões culturais. Monitoriza e regula a aceitação social das pessoas, no sentido de evitar a rejeição em sociedade.

 A forma como a opinião dos outros tem impacto em nós depende da interpretação que damos a essa informação e da auto-estima que temos. Se for uma pessoa insegura, se a sua estima não estiver fortalecida ou se for demasiado exigente consigo mesmo pode haver um género de filtro mental, que absorve todas as criticas negativas ou depreciativas, indo ao encontro da imagem negativa que tem de si próprio.

  

A auto-estima é indissociável da autocritica. Apenas podemos alcançar apreço por nós mesmos quando se torna possível tomar em consideração as autocríticas, isto é, a capacidade de identificar, tolerar e aprender em função das nossas insatisfações pessoais, e as heteroclíticas ou criticas dos outros. 


Uma pessoa com auto-estima torna-se mais capaz de tolerar as críticas e eventualmente aprender com elas nos diferentes momentos da sua vida. Se a crítica que fazemos sobre nós for adequada proporciona aprendizagem, evita erros futuros e consequentemente leva ao crescimento pessoal. Se, por outro lado, forem de caracter culpabilizante ou destrutivo podem ameaçar a auto-estima.


Se existir uma auto-estima fortalecida, se estiver seguro do seu valor, sentirá uma maior serenidade perante as opiniões dos outros. Mais importante do que os outros pensam de nós, é o que pensamos sobre nós mesmos. De que adianta os outros gostarem de si ou respeitarem-no se quando se olha ao espelho não respeita o que vê?

Pense nisto.
 

Departamento de Psicologia
Catarina de Castro Lopes
Directora Clinica

"Eu não preciso de ir ao psicólogo!"

Esta é uma resposta comummente ouvida quando se fala em apoio ou acompanhamento psicológico. Recorrer às intervenções psicológicas ainda é tabu para muitas pessoas. Acham que é coisa para “malucos” ou para personalidades fracas. Contudo, é a decisão mais sensata a tomar quando se enfrenta alguma dificuldade.

Talvez não seja apenas falta de conhecimento ou informação relativamente ao processo terapêutico mas também a dificuldade de algumas pessoas reconhecerem que têm um problema que está a interferir na sua vida, no seu desempenho nas várias áreas de funcionamento (pessoal, profissional, familiar, social).

A psicoterapia deve ser realizada quando existe alguma situação ou comportamentos perturbadores, que interferem na qualidade de vida e funcionamento diário (ansiedade, perturbações do sono, angustia, evitamento, falta de motivação, etc.) mas também pode ajudar as pessoas a conhecerem-se melhor, com vista a melhorar a sua estratégia para lidar com a vida, de forma eficaz e gratificante. Saber quem somos é fundamental para atingirmos o sucesso e conseguirmos crescimento e desenvolvimento pessoal, emocional e relacional. Neste sentido, a psicoterapia pode variar consoante os objectivos expressos pelo paciente, desde mudanças de comportamento focalizadas, promoção de crescimento até à reorganização da estrutura de personalidade.

 

“Mas eu tenho amigos com quem falar.”


A relação entre paciente e psicoterapeuta não é uma relação de amizade, caso contrário irá comprometer a eficácia do tratamento, pois deixa de ser uma técnica científica implementada por um profissional qualificado.

O psicoterapeuta não dá conselhos ao paciente acerca das suas opções, mas ajuda-o a ser capaz de efectuar as suas próprias escolhas e a tomar decisões de vida, promovendo, deste modo, a sua autonomia e liberdade.

O paciente deverá estabelecer uma relação colaborante com o terapeuta, sendo importante que esteja motivado para efectuar mudanças.

  

Se sente que precisa de ajuda, de mudar alguns comportamentos ou de se conhecer melhor a psicoterapia poderá responder aos seus objectivos.  

 

Catarina de Castro Lopes

Directora Clínica de Psicologia na White