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Linha White

re-desvitalização; retratamento endodôntico

 

Boa tarde,
 
Tive de fazer um retratamento endodôntico em Agosto no local onde estava a passar férias, com outro dentista que não o habitual de Lisboa. Era um dente molar inferior com 4 canais que tinha sido mal desvitalizado há muitos anos e que só este ano voltou a dar problemas apresentando uma dor permanente e latejante. 
Na primeira sessão no princípio de Agosto o dentista das férias preparou apenas 2 canais, a preparação dos outros 2 foi efectuada numa 2ªsessão tendo ficado a obturação para o fim de Agosto. Na primeira sessão o dentista foi muito violento aquando da instrumentação, todo o processo doeu apesar da anestesia troncular, a linha da gengiva ficou negra (e continua negra), a dor aumentou de intensidade impedindo o sono e a febre atingiu os 38ºc. Fui medicada durante as férias com sucessivos antibióticos e anti-inflamatórios com pouco sucesso. Na 3ªsessão, ainda se encontravam pedaços do nervo dentro dos canais e a instrumentação imediatamente antes da obturação foi muito dolorosa apesar da anestesia. O dente continua a ter dor tipo ferida permanente e espontânea, com guinadas ocasionais e a originar alguma febre mesmo após a obturação. A dor aumenta quando estou na posição deitada, como se houvesse muita pressão dentro do dente (não tenho problemas cardíacos). Ambos os dentistas (o das férias e o de Lisboa) não identificaram como quisto ou granuloma uma pequena imagem escura que aparece no RX na zona da raiz do dente apesar de alguma dor e calor no osso subjacente ao dente. Este dente tem como vizinho um pré-molar com uma pulpite reversível.
 
As minhas questões são as seguintes:
 
- Poderá a dor dever-se a mais pedaços de nervo que tenham restado nos canais após a obturação? ( o meu dentista de Lisboa está receoso no que respeita a ter de efectuar um segundo retratamento)
Um segundo retratamento poderá eliminar a dor e a inflamação?
 
- Existe algum processo de efectuar uma infiltração de cortisona ou de cortisona e antibióticos no local da dor (canais,dente, gengiva, osso) que tenha aplicação neste caso?
Os medicamentos por via oral parece que penetram pouco nesta zona do organismo.É ainda de referir que tenho diversas alergias, faço infecções respiratórias de repetição e já tenho resistências a vários antibióticos. Muitos anti-inflamatórios também já não resultam devido a ter tomado grandes quantidades ao longo da vida.
 
Muito obrigada pela vossa atenção. Agradeço muito uma resposta. 
 
 
Patrícia Osório
 

Trauma Dentário em Crianças

 

 
Exmos. Senhores,
 
Tenho um filho com 2 anos e três meses. Desde muito cedo habituei-o sempre a escovar os dentes. Tinha uma dentição perfeita. Mas, ontem caiu e partiu o dente da frente (só restou um pequeno pedaço) e deslocou o dente ao lado para trás. Abriu a gengiva toda. Quero perguntar-vos o que devo fazer e se esta situação pode ser resolvida de alguma forma para que ele volte a ter os dentinhos perfeitos. Não quero que ele tenha de esperar 4 anos, até chegar aos 6 anos e os dentes caírem, para ter uma boca em condições. Por favor, ajudem-me porque não consigo ver o meu filho com a boca neste estado.
Muito obrigado pela vossa atenção.
Cumprimentos,

Cátia
 
 
Bom dia Cátia,

Pelo que nos contou, a fractura do dente do seu filho não foi total. Nestas situações o que se pode fazer quando a parte do dente que fracturou é encontrada é colocá-la em saliva da criança, soro fisiológico ou leite e dirigir-se imediatamente a um Médico Dentista para que o fragmento dentário ainda seja reaproveitado e colado à parte do dente que ficou na cavidade oral.

No caso de não ter feito o acima referido, aconselhamo-la a ir com o seu filho a um Médico Dentista para que seja feita uma avaliação do dente e este seja reconstruído da forma mais adequada. Consultar o seu Médico Dentista é fundamental para que se certifique se a queda afectou ou não a formação dos dentes definitivos que só vão erupcionar mais tarde.

Boa recuperação.

Obrigada pela sua questão.
 



Dúvidas frequentes sobre o tratamento endodóntico (Desvitalizações).

 

Dúvidas frequentes sobre o tratamento endodóntico (Desvitalizações).
O que é o tratamento endodóntico?
É a especialidade da Medicina Dentária que tem por objectivo prevenir, diagnosticar e tratar possíveis danos relacionados com a polpa dentária, mais comummente conhecida por nervo do dente, sendo na realidade um tecido mole constituído por um conjunto de vasos e nervos que aportam a estrutura dentária.
O tratamento endodóntico (desvitalização) é um meio seguro e indolor para preservação dos dentes que de outra forma estariam perdidos.
Qual é a percentagem de sucesso do tratamento?
Quando bem realizado, pode apontar-se para um prognóstico previsível entre os 90-95% de sucesso. Apesar disto, os que mesmo assim derem problemas podem ainda ser retratados ou ainda tratados por via cirúrgica.
Um dente desvitalizado sofre alterações de cor?
A alteração cromática dos dentes endodonciados normalmente está associada aos materiais utilizados no tratamento, nomeadamente os cimentos, ou então, também podem estar associadas a traumatismos sofridos no respectivo dente.
No caso de se verificar algum escurecimento do dente pode recorrer-se ao branqueamento dentário interno ou a um recubrimento cerâmico (facetas ou coroas).
Há necessidade de colocar uma coroa num dente desvitalizado?
Este factor depende da estrutura dentária remanescente do dente e das forças a que o mesmo está sujeito durante a mastigação. O paciente deve compreender que é um tratamento no qual se perde uma grande parte da estrutura dentária para que seja possível aceder aos canais radiculares e proceder com uma correcta preparação.
Hoje em dia, um tratamento endodóntico só é considerado terminado após realização de uma correcta reabilitação da zona de dente perdida.
Procedimentos para realização do tratamento:
- Anestesia
- Isolamento absoluto (colocação de um grampo metálico em redor do dente e respectivo dique de borracha). Só desta forma é possível garantir um tratamento efectivo sem risco de contaminação.
- Cavidade de acesso na coroa do dente de forma a conseguir aceder aos canais radiculares.
- Remoção de todo o conteúdo pulpar com instrumentos próprios de forma completamente indolor.
- Radiografias sucessivas de forma a controlar todos os passos do procedimento.

- Os canais são limpos, preparados, para serem obturados (preenchidos) convenientemente de forma a evitar futuras infecções e de forma a garantir que o dente permaneça assintomático.