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BAUD - Resultados Surpreendentes

O que é o BAUD?

O BAUD (Bio Acoustical Utilization Device) é um aparelho de neurofeedback que usa o som para quebrar um determinado padrão de funcionamento do cérebro. Quando pensamos ou nos comportamos de uma forma sistemática e estereotipada perante uma situação especifica existe um padrão de funcionamento do cérebro que surge como automático. O BAUD activa o sistema nervoso parassimpático e ajuda o cérebro a neutralizar este circuito, proporcionando um estado de acalmia interna.

Como funciona este aparelho?

Através de ondas sonoras cujas características espelham as ondas cerebrais, as pessoas podem identificar a frequência da dor ou sensação corporal associada à situação perturbadora e encontrar uma outra frequência que anule ou reduza esta primeira.

Em algumas situações pode ser necessário mais do que 1 sessão para controlar definitivamente ou eliminar as emoções que causam desconforto ou mal-estar, contudo vários casos têm demonstrado a sua eficácia com apenas 1 sessão. 

O BAUD tem-se revelado muito útil para reduzir estados de ansiedade, sensação de dor, bruxismo e para controlo de impulsos (cravings).

 

Descrevo um Caso Clínico:

A Fernanda queixava-se de uma grande dificuldade em controlar o impulso para comer doces, especialmente à noite quando estava sozinha em casa. Para a ajudar a controlar este impulso pedi-lhe que se focasse numa situação especifica que tenha suscitado ânsia por comer doces. De seguida pedi-lhe que localizasse essa emoção ou sensação no corpo. Referiu sentir uma espécie de formigueiro no peito. Numa escala de 0 a 10 (SUD) em que 0 é o valor mínimo e 10 o máximo, esta vontade de comer bolos era igual a 9.

Com o BAUD a Fernanda alterou o funcionamento da actividade neuronal do cérebro para uma onda cerebral onde extinguiu a sensação de vontade/ânsia por comer bolos (SUD=0).

Com apenas 1 sessão eliminou este impulso que interferia na sua qualidade de vida, funcionamento diário e na sua forma física.

Actualmente a Fernanda continua em psicoterapia e os resultados obtidos com o BAUD mantêm-se (5 meses após).

 

 

Catarina de Castro Lopes

Diretora Clínica de Psicologia na White

QUANTO TEMPO DE EXERCÍCIO POR DIA?

E falando de exercício físico vamos lá saber que tempo devemos despender, diariamente, para termos uma boa saúde:

 

30 minutos – Este é o número de minutos diários (ou em pelo menos 5 dias da semana) que cada pessoa deve despender em atividades físicas moderadas para promover maiores benefícios na sua saúde. Optar por uma atividade contínua ou fraccionar o exercício em sessões múltiplas de 10-15 minutos tem um impacto semelhante.

 

500 kcal em pequenos movimentos diários – Esta pode ser a diferença de calorias gastas entre uma pessoa que passa o dia sentada e uma outra que aproveita os tempos mortos para se mexer “apenas” um pouco mais.

 

10.000 passos – Este é o número de passos que cada pessoa deve realizar por dia. Valores superiores a 7.500 passos por dia podem ser considerados aceitáveis.

 

 

Por: Iara Rodrigues

Nutricionista Clínica

QUANTAS GRAMAS DE SAL POR DIA?

A quantidade diária recomendada é de 4 a 6g de sal, mais ou menos uma colher de café por dia.

 

O sal já foi largamente utilizado para preservar alimentos perecíveis quando ainda não existia frigorifico. Hoje, ainda é muito usado em alimentos industrializados, tais como os enchidos, carnes salgadas, enlatados, conservas como picles, molhos e condimentados (mostardas, molhos a base de soja, pimenta, ketchup), queijos amarelos, sopas e temperos do tipo concentrados em cubinhos.

 

O sal é uma grande fonte de sódio – mineral indispensável para o organismo, presente em boa parte dos alimentos. Vale lembrar que sódio e sal não são sinónimos, como muitos acreditam. O sódio é um dos componentes do sal. Nos rótulos, é apresentada a quantidade de sódio e não de sal, o que merece uma atenção a mais do consumidor. Cada 5g de sal – o equivalente a cerca de meia colher de sopa rasa – contêm aproximadamente 2g de sódio.

 

Quais são os benefícios do sal? O sal é necessário porque ajuda a manter o equilíbrio dos fluídos do organismo, além de realizar a transmissão dos impulsos nervosos.

 

Quais são os pontos negativos? O consumo de sal é importante, mas sem exagero – principalmente quando é responsável por alterações da pressão sanguínea (que depende de fatores físicos e genéticos), como a hipertensão.

 

Outro mineral presente no sal é o iodo, um micronutriente essencial para o ser humano. Ele é utilizado na síntese das hormonas da tiróide – a triodotironina e a tiroxina. Estas hormonas têm dois importantes papéis: Ação no crescimento físico e neurológico e manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor do corpo). Se consumido em quantidades excessivas, o iodo pode causar uma doença conhecida como tireoidite de Hashimoto (em pessoas com predisposição genética a doenças auto-imunes).

 

 

Por: Iara Rodrigues

Nutricionista Clínica

QUANTAS GRAMAS DE AÇÚCAR POR DIA?

Afinal qual é a quantidade de açúcar que podemos consumir por dia? O açúcar é uma fonte de energia, esse hidrato de carbono simples é encontrado nos alimentos in natura, como frutas e leite. Entretanto, as fontes mais abundantes são os produtos industrializados, entre os quais bolachas, chocolates, refrigerantes.

 

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o consumo de açúcar não ultrapasse os 10% das calorias na dieta. Por exemplo: um adulto que consome 2500 Kcal por dia não deve ultrapassar as 250 Kcal/dia de açúcar. Cada grama deste hidrato de carbono contém 4 Kcal; logo, o consumo de açúcar deveria ser no máximo de 62,5g que corresponde, em medidas caseiras, a cerca de cinco colheres de chá por dia.

 

Há benefícios no consumo de açúcar? O açúcar contém substâncias que estimulam o cérebro a produzir serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer.

 

Quais são os pontos negativos? O açúcar é rico em calorias e pobre em nutrientes, motivos pelos quais devemos restringir ainda mais o seu consumo.

 

O excesso é a causa de uma série de problemas, muito além das cáries. A obesidade já é considerada uma questão de saúde pública, tamanha a quantidade de pessoas que sofrem da doença. O problema é causado, entre outras coisas, pelo excesso de preparações e alimentos gordurosos, o consumo excessivo de doces e refrigerantes. Outro ponto negativo é a sobrecarga no pâncreas para produção de insulina (o pâncreas é órgão responsável pela produção de insulina), que mantém os níveis de glicose controlados no sangue. Essa deficiência pode levar à diabetes tipo 2. O aumento do nível de triglicéridos também é um ponto negativo a ser considerado, pois o consumo exagerado de açúcar pode contribuir para elevar o nível de triglicéridos, gordura perigosa, que ao se acumular pode obstruir as artérias. O resultado pode ser a maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares.

 


 

Por: Iara Rodrigues

Nutricionista Clínica

QUAL É O PESO IDEAL?

Um número que preocupa muitas pessoas é o número que nos mostra a balança. Andamos sempre preocupados com o nosso peso, em saber qual o nosso peso ideal, mas preocupamos nos pouco com o tamanho, com o perímetro da nossa cintura.

 

E qual é a importância de manter a circunferência da cintura dentro destes padrões? É um passo importante para a prevenção da hipertensão, diabetes tipo II e doenças cardiovasculares. Porque o peso e o índice de massa corporal (IMC), embora sejam fatores importantes a ter em conta não são suficientes para falar na prevenção destas doenças. Verificou-se que é possível duas pessoas apresentarem o mesmo IMC, com composições e distribuições corporais distintas e, naturalmente, com diferentes riscos para a saúde.

 

A forma como a gordura corporal se distribui pelo corpo também representa um importante indicador de saúde. Assim, e de uma forma geral, os indivíduos que depositam menor gordura no tronco, nomeadamente na região abdominal, têm melhores valores de pressão arterial, açúcar no sangue e perfil lipídico.

 

De forma simplificada, os indivíduos do sexo masculino deverão procurar manter a circunferência da cintura abaixo dos 102 cm, sendo que o ideal seria um valor inferior a 94 cm. No caso das mulheres, recomenda-se um valor abaixo dos 88 cm, sendo um valor inferior a 80 cm o ideal.

 

Qual é a forma correta de medir a cintura? Para verificar o seu resultado, coloque a fita métrica em torno do abdómen, paralelamente ao solo, na zona mais estreita da cintura (vendo de frente). Não deve comprimir a fita demasiado e deve repetir a medição 2 vezes e usar a média dos valores obtidos.

 

Há alguns aspectos a considerar relativamente aos homens e mulheres: A gordura típica das mulheres designa-se ginóide e acumula-se sobretudo nas ancas, coxas e nádegas. Por essa razão representa menor risco para a saúde. Já a gordura típica dos homens designa-se andróide e acumula-se mais frequentemente na região abdominal, acarretando por isso um maior risco para a saúde.

 

Nas mulheres, com o aparecimento da menopausa e consequente alteração na distribuição de gordura, passa a existir uma maior acumulação de tecido adiposo no tronco. Nesta fase, as mulheres apresentam um risco para a saúde similar ao dos homens. A gordura visceral, que é a gordura depositada na região interior do abdómen, é ainda menos saudável que a restante.

 

Apesar dos melhores métodos para a sua quantificação não serem de fácil acesso para a maioria das pessoas devido aos custos que acarreta, a opção pela medição da circunferência da cintura é fiável, fácil de efetuar e extremamente barata.


 

Por: Iara Rodrigues

Nutricionista Clínica

Perturbações do Comportamento Alimentar

Diz-se frequentemente que as Perturbações do Comportamento Alimentar são “doenças da moda”, ou que são próprias de quem tem “a mania das magrezas”. Estas falsas crenças não passam de mero desconhecimento em relação a estas doenças. Na realidade são perturbações mentais que provocam grande sofrimento a quem por elas passa estendendo-se às suas famílias, trazendo graves consequências físicas e psicológicas podendo pôr em risco a própria vida. Este desconhecimento leva a que familiares e amigos, por vezes, não as detectem atempadamente e só se apercebam da existência da doença quando esta já se encontra num estado avançado. O Doente, apesar de reconhecer a necessidade de tratamento, recusa aceitar a gravidade da situação e opõe-se a aumentar de peso e mudar comportamentos, não sentindo a sua vida ameaçada.

Estas doenças ocorrem predominantemente em mulheres jovens e caracterizam-se por uma preocupação excessiva com o peso e imagem corporal que são a principal fonte de auto-estima. A etiologia é multifactorial (resulta da interacção entre factores biológicos, psicológicos, familiares e socioculturais) pelo que devem ser entendidas e abordadas numa perspectiva multidimensional valorizando-se o contexto biopsicossocial (biológico, psicológico e social) do individuo de modo a assegurar o êxito do tratamento.

É importante que não se confundam hábitos alimentares desadequados (preocupações com peso e alimentação restringida) com Perturbações de Comportamento Alimentar. Enquanto um padrão de uma alimentação desadequada é uma reacção habitual a situações de vida, uma Perturbação Alimentar é uma doença mental. Além disso, os hábitos alimentares desadequados não são habitualmente acompanhados por pensamentos frequentes de comida, alimentação e aparência física. Pessoas com Perturbações Alimentares, têm pensamentos compulsivos sobre comida, alimentação e com o seu próprio corpo. Estes pensamentos passam a controlar as suas vidas estando presentes no seu funcionamento diário. Enquanto as alimentações desordenadas ou hábitos alimentares desadequados, podem conduzir a mudanças de peso transitórias e problemas nutricionais, grandes complicações médicas são muito raras, ao contrário do que acontece nas Perturbações Alimentares,  que habitualmente levam a sérios problemas de saúde, com uma taxa de mortalidade de 2 a 10%. Finalmente, cada condição é tratada diferenciadamente. A alimentação desadequada requer educação e o problema poderá diminuir sem tratamento. As Perturbações Alimentares, requerem tratamento médico e de saúde mental específicos, na maioria dos casos prolongados, sem os quais o problema persistirá.

 

 

Anorexia Nervosa

 

A Anorexia Nervosa não é uma doença moderna, no sentido de ser uma síndroma que tenha surgido na época contemporânea, acontece que, quanto mais se investiga o passado, mais se descobre a presença desta perturbação ao longo dos séculos, apesar de alguns aspectos de que hoje se reveste e a situação em que se enquadra serem novos e representativos da cultura actual.

A palavra Anorexia deriva do grego e significa “falta de apetite”. É consensual que já no século XII se podiam encontrar alguns dos traços característicos do que hoje é descrito como Anorexia Nervosa do Tipo Restritivo apesar das descrições clínicas aparecerem mais tarde. Era frequente encontrar Anorexia entre as mulheres religiosas que eram canonizadas devido às suas práticas de jejum.

Esta doença afecta sobretudo, jovens adolescentes do sexo feminino, mas, pode ocorrer em pessoas de ambos os sexos e das mais variadas idades, surgindo de um modo geral, em adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, ocorrendo o seu desenvolvimento em média por volta dos 17 anos e raramente depois dos 40, variando muito a sua evolução. Estudos apontam para uma prevalência de cerca de 0,5% na população feminina e de cerca de um décimo da das mulheres, na população masculina. Dados referentes a pessoas internadas revelam que a mortalidade a longo termo é de cerca de 10% e que a morte pode surgir por inanição, alterações hidro-electrolíticas e suicídio, sendo uma das doenças psiquiátricas que apresenta a taxa de mortalidade mais elevada.

Na Anorexia Nervosa existe uma recusa em manter um peso corporal igual ou superior ao minimamente normal para a idade e altura (por exemplo, perda de peso que leva a manter um peso inferior a 85% do esperado ou a incapacidade em ganhar o peso esperado para o crescimento, ficando aquém do previsto). Esta recusa deve-se a um medo intenso de ganhar peso ou de engordar, mesmo quando o peso é insuficiente. Existe uma perturbação na apreciação do peso e forma corporal, indevida influência do peso e forma corporal na auto-avaliação, ou negação da gravidade do grande emagrecimento actual. Esta doença tem como critério de diagnostico a amenorreia - ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos. Pode ser do Tipo Restritivo, em que a pessoa não recorre regularmente a ingestão compulsiva de alimentos nem a purgantes (por exemplo, vómito ou abuso de laxantes, diúreticos e enemas), ou do Tipo Ingestão Compulsiva/ Tipo Purgativo em que a pessoa tem comportamentos bulímicos ou purgativos (vómitos ou abuso de laxantes, diuréticos e enemas) e aumento ou excesso de exercício físico.

Os sintomas de Anorexia Nervosa mais comuns são dores de cabeça, ansiedade, irritabilidade, perturbações do sono (mais frequentemente a insónia), fadiga, dores abdominais, diminuição do interesse sexual, obstipação, intolerância ao frio, letargia e excesso de energia, amenorreia, depressão e alterações da personalidade, destacando-se como consequências físicas a inanição, bradicárdia, pressão arterial fraca, défice de estrogénio, baixa temperatura corporal (especialmente nas extremidades), pele seca, cabelo quebradiço e queda de cabelo, unhas quebradiças e pele com um tom amarelado (especialmente as palmas das mãos), podendo algumas pessoas desenvolver lanugo (fina penugem no tronco). Ainda o desenvolvimento da anemia normocítica, função renal diminuída, problemas cardiovasculares, problemas dentários e osteoporose.

             

 

Bulimia Nervosa

 

A palavra Bulimia deriva dos termos gregos bous, que significa boi e limos que significa fome, que usados conjuntamente descreviam uma fome de alguém que era capaz de comer um boi. No latim medieval fala-se de bulismos ou bolismus, que no francês medieval se dizia bolisme, significando um apetite insaciável.

No tempo de César (700 A.C.), os comportamentos bulímicos estavam amplamente difundidos o que pode ser demonstrado pela presença de vomitórios nas salas de banquete das casas mais abastadas que serviam para os patrícios esvaziarem os estômagos e continuarem a comer. Na época romana imperial, o comportamento bulímico seria provavelmente normativo dentro de uma camada social com maior acesso à riqueza e os episódios de “empanturramento” e indução do vómito constituiriam uma norma cultural específica, no entanto, este comportamento não estaria associado à preocupação com a imagem corporal nem ao medo de engordar.

Apesar de a Bulimia e Anorexia Nervosa não serem  doenças modernas a Bulimia está mais relacionada com a Sociedade Ocidental dos nossos dias, pois os Doentes com esta Perturbação do Comportamento Alimentar são o elo mais frágil, uma vez que os meios de comunicação de massas por um lado apelam ao consumo alimentar hiper-calórico, por outro ao culto do corpo magro.

É uma doença mais silenciosa do que a Anorexia Nervosa uma vez que não está associada a grandes perdas nem a aumentos de peso, podendo passar despercebida a familiares e amigos. O facto de estes indivíduos parecerem estar de plena saúde dificulta a sua identificação.

A Bulimia Nervosa inicia-se habitualmente mais tarde do que a Anorexia Nervosa surgindo geralmente no final da adolescência ou no inicio da idade adulta, tendo uma prevalência entre 1 a 2% nas mulheres com idades compreendidas entre os 16 e os 40 anos. Esta doença caracteriza-se pela existência de episódios recorrentes de ingestão alimentar compulsiva, caracterizados por comer num período curto de tempo uma quantidade de alimentos que é definitivamente superior à que a maioria das pessoas comeria num período de tempo semelhante e nas mesmas circunstâncias. Verifica-se uma tendência para ingestão de comida altamente calórica, de pouca qualidade alimentar, como doces, bolachas e batatas fritas. Rapidamente surge a sensação de perda de controlo sobre o acto de comer durante o episódio (por exemplo, sentimento de incapacidade para parar de comer ou controlar a quantidade e qualidade dos alimentos), surgem sentimentos de culpa, de ineficácia, de baixa auto-estima e angustia. Estes episódios são habitualmente praticados às escondidas, sendo frequente estas pessoas levarem a comida para locais seguros onde sabem que não irão ser descobertas (por exemplo para o quarto). Para libertar o que foi ingerido durante o episódio verifica-se um comportamento compensatório inapropriado recorrente para impedir o ganho ponderal, tal como vomitar, usar laxantes, diuréticos, enemas ou outros medicamentos, fazer jejum ou exercício físico excessivo, ocorrendo estes comportamentos, em média, pelo menos duas vezes por semana, em três meses consecutivos. A auto-avaliação é indevidamente influenciada pelo peso e forma corporais e não ocorre exclusivamente durante os episódios de Anorexia Nervosa.

Contrariamente ao que muitas pessoas possam pensar, a Bulimia Nervosa não envolve sempre o vomito auto-provocado depois da ingestão alimentar compulsiva. Entre 80 a 90% destes indivíduos recorrem à indução do vomito como mecanismo compensatório e um terço usa laxantes. Existe o Tipo Purgativo em que a pessoa realmente induz regularmente o vómito ou abusa de laxantes, diuréticos ou enemas, e o Tipo Não Purgativo em que a pessoa usa outros comportamentos compensatórios inapropriados, tais como jejum ou exercício físico excessivo, mas não induz o vómito nem abusa de laxantes, diuréticos e enemas.

Os sintomas de Bulimia Nervosa mais comuns são dores de cabeça, fadiga, dores abdominais, vómitos recorrentes, azia, obstipação intestinal e ciclos menstruais irregulares. Como sintomas psicológicos, a depressão, alterações do humor, obsessão por dietas, pensamentos frequentes acerca de comida, pensamentos de culpa depois de comer, auto-estima determinada pelo peso, isolamento social (evitam restaurantes, refeições familiares, encontros sociais), destacando-se alguns sinais físicos como a erosão do esmalte dentário, cáries dentárias, inchaço das glândulas parótidas e escaras na superfície das mãos devido à indução do vómito.

 

 

Perturbação da Ingestão Alimentar Compulsiva – Binge Eating

 

A Perturbação da Ingestão Alimentar Compulsiva ou Binge Eating é das perturbações alimentares a que tem a descrição mais recente e, segundo alguns estudos a que apresenta a maior prevalência não só entre os doentes com perturbações do comportamento alimentar (30%) como na população geral (4,6%).

Os indivíduos com perturbação de ingestão alimentar compulsiva são geralmente adultos e frequentemente recorrem a tratamento para a obesidade. Ao contrário do que é mais comum na Anorexia e Bulimia Nervosa, esta doença também afecta os homens, sendo a perturbação alimentar que regista menos diferença entre os sexos.

Este distúrbio do comportamento alimentar é caracterizado pela ingestão descontrolada de comida e consequente aumento de peso. Tal como na Bulimia Nervosa existem episódios frequentes de ingestão alimentar compulsiva que tendem a ser desencadeados devido a alterações de humor, tensões emocionais ou problemas do dia-a-dia, funcionando esta ingestão de comida como um ansiolítico que tem como função a estabilização emocional mas, contrariamente à Bulimia Nervosa, os pacientes com esta perturbação não utilizam métodos de compensação (purga, abuso laxantes, jejum ou o exercício físico excessivo) nem exibem regras rígidas de dieta. Habitualmente esta perturbação associa-se a uma tendência para a sobrealimentação sendo que, a maioria dos sujeitos têm excesso de peso ou são obesos. Como na Bulimia Nervosa verifica-se falta de controlo sobre a alimentação, manifestada na forma de grandes ingestões alimentares (sem existir fome), que são efectuados num curto espaço de tempo, ficando o sentimento de culpa, ineficácia e desgosto após o episodio. As ingestões causam mal-estar no indivíduo, preocupações com os efeitos da ingestão sobre o peso e a imagem corporal, e devem ter uma frequência de, pelo menos, duas vezes por semana, durante um período de seis meses para que seja diagnosticada a doença. Os episódios estão frequentemente associados à ingestão mais rápida do que o habitual de grandes quantidades, de comer sem sentir fome e de comer sozinho com grande voracidade.

Tem como sintomas físicos oscilações constantes de peso e como sintomas psicológicos a depressão, ansiedade, sentimentos de culpa, sentimentos de ineficácia, pensamentos frequentes sobre comida, isolamento social e pensamentos suicidas. Como consequências, a obesidade, diabetes, colesterol elevado, pressão arterial elevada, problemas respiratórios, renais, ósseos, artrites, problemas de pele e menstruação irregular.

 

Tratando-se de disfunções a nível mental, o acompanhamento psicológico é fundamental para o tratamento destas doenças, sendo também muito importante o apoio familiar. O tratamento passa por um plano estruturado que integra acompanhamento psicológico, aconselhamento familiar e reabilitação nutricional. O acompanhamento psicológico visa mudar comportamentos alimentares bem como identificar e corrigir pensamentos, crenças e sentimentos que perpetuam esses comportamentos e dificultam a sua modificação.

 

 

Catarina de Castro Lopes 

Directora Clínica de Psicologia na White

Cancro da Mama - Reconstrução Mamária

 

O cancro da mama é uma doença que afecta 1 em cada 7 a 9 mulheres ao longo da sua vida. Infelizmente esta é a realidade em que as mulheres vivem e receiam constantemente.

 

Apesar dos avanços da Medicina ainda não há cura para esta patologia, no entanto, os tratamentos disponíveis nos dias que correm permitem taxas de cura muito elevadas, mas não sem deixar marcas visíveis tanto a nível físico como psicológico.

Neste sentido, o papel da Cirurgia Plástica é determinante em todo o processo de recuperação, a qual engloba o corpo, a autoestima, a identidade, facilitando ainda o retorno à normalidade do dia a dia de cada pessoa.

 

A reconstrução mamária varia de acordo com os tratamentos previamente efectuados, para tratar a doença:

 

-       Radioterapia

-       Quimioterapia

-       Mastectomia parcial

-       Mastectomia total

 

Reconstrução Mamária

 

 

Quando a mulher decide que quer recuperar a mama, decisão que nem sempre é fácil ou chegue mesmo a acontecer, é fundamental saber que existem 3 passos que não podem ou não devem ser apressados, apesar da vontade de resolver a questão de uma vez por todas:

 

-       Reconstrução da nova mama

  • Expansor e prótese definitiva
  • Músculo, pele e gordura das costas – Grande Dorsal
  • Músculo, pele e gordura do abdómen – TRAM
  • Pele e gordura apenas das costas ou do abdómen – TDAP ou DIEP

-       Redefinição da mama contralateral

  • Lifting da mama
  • Lifting da mama e prótese de aumento
  • Redução mamária
  • Colocação de Prótese

-       Reconstrução do novo mamilo

 

Todo este processo, respeitando os  passos referidos anteriormente, demora entre 6 a 9 meses a ficar concluído. Cada passo é uma pequena vitória e é importante ganhar várias “batalhas” antes de vencer a “guerra”, pois a maior batalha de todas, a cura da doença, já foi ganha.

 

Cada diferente tipo de reconstrução tem vantagens e desvantagens que são devidamente e detalhadamente explicados em consulta.

 

Equipa Clinica do Caso Clínico:

 

Diagnóstico e Plano de tratamento: Dr Tiago Baptista Fernandes

Cirurgiões: Dr Tiago Baptista Fernandes, Dr Tiago Toscano, Dr Eduardo Matos, Dr Hugo Freitas, Dra Marta Salgueiro

 

Departamento de Cirurgia Plástica

 

www.white.pt
www.tiagobaptistafernandes.com 

 

...

“Sinto raiva, revolta e uma grande angustia mas acima de tudo muito medo. O medo da morte, da dor e do sofrimento.  Como vai ser a minha vida?”

(Paciente com cancro)

 

O diagnóstico de cancro é um dos mais temidos, sendo uma doença conhecida como potencialmente mortal e que habitualmente tem consequências ao nível do funcionamento biológico, psicológico e social.

O prognostico é muitas vezes incerto e os tratamentos e procedimentos cirúrgicos são habitualmente agressivos expondo as pessoas a alterações no seu corpo (p.e. queda de cabelo, emagrecimento significativo).

Apesar dos avanços da medicina no tratamento do cancro, este diagnostico ainda equivale muitas vezes, a uma “sentença de morte” associada a dor, sofrimento e degradação, provocando sentimentos de incerteza e ansiedade quanto ao futuro e pensamentos recorrentes sobre a morte. A angustia e sofrimento não são apenas vividos pelos pacientes mas também pela sua família que acompanha todo o processo.

Vivemos no corpo a ameaça de perder a vida, é nele que a(s) doença(s) se manifesta(m) mas será que o nosso bem-estar psicológico pode evitar o avanço da doença? Diversos estudos mostram que as pessoas que tiveram apoio psicológico durante o tratamento oncológico melhoraram significativamente a sua qualidade de vida comparando com as que não foram acompanhadas psicologicamente.

As perturbações emocionais prejudicam o bom funcionamento do sistema imunológico causando alterações bioquímicas. As pessoas que têm o chamado “espírito de luta” e que adoptam uma atitude optimista têm maior esperança de vida do que as que reagem com sentimentos de desesperança e desamparo.

Vários estudos mostram que a pessoa que tem acompanhamento psicológico tem uma melhoria do estado geral de saúde, melhor tolerância aos efeitos adversos da terapêutica oncológica e melhor comunicação entre a família e a equipa médica.

Não deixe de lutar pela vida! Procure ajuda neste momento delicado.

 

  

Catarina de Castro Lopes

Diretora Clínica de Psicologia na White

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Mens sana in corpore sano”

Todos nós conhecemos esta famosa e antiga citação latina, certo? A intenção do autor era lembrar os cidadãos romanos que numa oração deveriam pedir saúde física e espiritual.

Actualmente o significado que damos a esta frase é que um corpo são proporciona ou sustenta uma mente sã e vice-versa. Usamo-la para expressar o conceito de coerência entre mente e corpo como sendo o equilíbrio saudável no nosso estilo de vida.

Não podemos dissociar mente do corpo. Todos nós já experienciámos sintomas físicos quando estamos mais ansiosos, tristes ou irritados. Como consequência destas emoções que causam desconforto e mal-estar, podem surgir alterações gastrointestinais, dermatológicas, dores de cabeça ou dores musculares.

O efeito de factores psicológicos sobre os processos orgânicos do corpo chama-se psicossomatização. As emoções podem afectar certas funções orgânicas. A Depressão por exemplo, pode inibir o sistema imunitário tornando a pessoa mais susceptível a determinadas infecções. A Ansiedade activa o sistema nervoso autónomo que por sua vez aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a tensão muscular, isto é, o corpo responde fisiologicamente ao stress emocional. O distúrbio emocional que desencadeia os sintomas pode passar despercebido o que faz com que muitas vezes as pessoas realizem inúmeros exames em busca de um diagnóstico médico, sendo que nestes casos a solução passa pelo tratamento psicológico. 

 

Hoje é o Dia Mundial da Saúde por isso cuide de si - corpo e mente! Relaxe, faça uma massagem, exercício físico, saia com os seus amigos, tire uns momentos para si, mime-se! O seu bem-estar proporciona um maior equilibrio na sua saúde.

 

 

Catarina de Castro Lopes

Diretora Clinica de Psicologia na White

 

 

 

Caso Clinico - Lifting da Face e Pescoço, e Peeling profundo da face

Em casos avançados de envelhecimento facial, é necessário realizar vários tipos de tratamentos para obtermos um resultado satisfatório

Esta Sra apresentava rugas profundas e flacidez da pele
Realizámos um lifting da face e do pescoço para tratar a flacidez cutânea.
No mesmo acto operatório foi efectuado um Peeling profundo da face para eliminar as rugas mais profundas. 

 

 

 

 

 

A remodelação dos músculos do pescoço permite obter um contorno natural e muito rejuvenescido, sem alteração das feições da pessoa, facto fundamental para um resultado credível.

 

Equipa Clinica do Caso Clínico

 

Diagnóstico e Plano de tratamento: Dr Tiago Baptista Fernandes, Dra Leonor Girão

Cirurgião: Dr Tiago Baptista Fernandes