"Dente de leite pode estragar, depois cai.”
Será?
Os dentes de leite, ou dentição decídua, têm um papel fundamental no desenvolvimento e enquadramento psicossocial da criança. Bem mais do que o sorriso, mastigação e bem-estar do momento, o seu curto ciclo de vida vai afectar o correcto desenvolvimento craniofacial, relação entre maxilares, a dentição definitiva e a forma como a criança encara os seus pares e a sociedade.
A perda precoce dos dentes anteriores geralmente ocorre por trauma, menos frequentemente por cárie. O gatinhar, primeiros passos e corrida tornam os eventos traumáticos uma coisa do dia-a-dia.
Os dentes posteriores (molares) raramente são afectados por trauma, sendo a cárie a principal causa para perda precoce.
Em condições normais, o processo de exfoliação (queda) e erupção (nascimento) de um dente segue uma sequência algo previsível:
Erupção dos Dentes Decíduos
Queda dos Dentes Decíduos
Erupção dos Dentes Definitivos
Os dentes decíduos servem de guias para a erupção dos dentes definitivos. Quando há um estímulo externo que altera o correcto ciclo de vida de um dente, há uma série de alterações que se seguem.
O espaço ocupado por um molar decíduo é essencial para a erupção do pré-molar definitivo que lhe segue. Quando é perdido pelo menos um ano antes do sucessor definitivo, vai haver inclinação dos dentes adjacentes, há perda de espaço e o definitivo nasce torto.
No caso dos dentes decíduos anteriores (incisivos centrais, incisivos laterais e caninos), a maior consequência não será ao nível da perda de espaço, mas da fonética e bem-estar da criança. Aumenta também a probabilidade da criança adquirir hábitos parafuncionais com mordida aberta e/ou interposição lingual.
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