No caso da avulsão de dente definitivo está indicado o reimplante imediato. Para isso, é essencial: encontrar o dente, segurá-lo pela parte da coroa, lavar em água corrente, NUNCA ESFREGAR A RAIZ, recolocar o dente dentro do alvéolo, ou seja, no mesmo local que ele ocupava na arcada dentária, imitando a posição dos dentes vizinhos e mantê-lo sobre pressão. Caso não consiga fazê-lo deve colocar o dente em água, soro fisiológico ou leite e levar rapidamente a criança com o dente hidratado para o dentista. Nestes casos o atendimento deve ser imediato pois quanto menor for o tempo da reimplantação melhor é o prognostico. Nestes casos o prognostico é extremamente reservado no entanto com uma correcta monotorização e acompanhamento é possível haver uma taxa de 100% de sucesso!
Radioterapia e quimioterapia são os tratamentos mais comuns no cancro da cabeça e pescoço. Apesar destes serem eficazes na erradicação do tumor, têm, também, um impacto negativo nas estruturas da cabeça e pescoço que rodeiam o tumor. Danos diretos nas estruturas orais (tecidos moles e duros) ocorrem frequentemente devido às terapias.
As complicações orais da radiação da cabeça e do pescoço e quimioterapia podem comprometer a saúde e qualidade de vida. Cuidados médicos orais antes, durante e após tratamento de cancro podem prevenir e reduzir a incidência e severidade das complicações orais, melhorando a qualidade de vida.
As complicações orais comuns à radioterapia e quimioterapia passam por:
Xerostomia – sensação de boca seca devido a uma diminuição de produção salivar.
Paladar – alterações no paladar, tais como perda de sabor.
Malformações dentárias – caso seja submetido a quimioterapia antes dos 9 anos.
Infeções
Boca e gengivas doridas
Relacionadas com a Quimioterapia:
Sangramento – devido à diminuição das plaquetas e fatores coagulantes.
Relacionadas com a Radioterapia:
Cáries – elevado risco de caries de rampante (que surgem muito rapidamente), como consequência da diminuição da quantidade de saliva
Trismos – perda de elasticidade dos músculos mastigatórios, que impede uma grande abertura da boca
Com uma avaliação oral previamente ao tratamento a equipa médica dentária pode identificar problemas como infeções, fraturas, restaurações e problemas periodontais que podem contribuir para complicações orais quando a terapia contra o cancro for iniciada. Esta avaliação é importante também para estabelecer a situação inicial e comparar com o aparecimento e progressão dos problemas orais ao longo do tratamento.
É importante controlar a sua saúde oral, fazendo visitas regulares ao seu higienista oral e manter uma boa higiene em casa. É importante utilizar sempre pastas dentífricas com flúor e dar golos de água regularmente para melhorar a boca seca.
A aplicação de produtos fluoretados é importante posteriormente à radioterapia, uma vez que irá ajudar na prevenção e progressão de cárie dentária.
Esta é uma das questões mais frequentes relativamente aos tratamentos de desvitalização (Endodontia) e a resposta é Sim! Se houver persistência de carga bacteriana pode dar-se um novo episódio de dor com necessidade de se proceder ao retratamento do dente para tentar eliminar ao máximo os microorganismos que levam a estas situações dolorosas.
Uma vez que se trata de um dente que já teve um tratamento prévio é importante ter em conta as seguintes considerações:
- Avaliar bem a anatomia do dente, tentar perceber se foram localizadas possíveis alterações anatómicas do dente ou zonas que tenham ficado por tratar.
- Retirar todos os materiais antigos que podem estar contaminados e estar na origem do novo quadro sintomático.
- Preparar bem os canais radiculares (interior das raízes) de forma a se poder realizar uma correcta desinfecção com irrigantes próprios.
- Selar bem esses mesmos canais radiculares de de forma a prevenir futuras infecções. Este selamento é realizado com um material biocompativel que corresponde às zonas brancas que observamos nas radiografias.
- É importante monitorizar o dente periodicamente para ver a evolução do tratamento.
Fica aqui um exemplo de um dente em que houve necessidade de fazer o retratamento;
- Fig. 1: Tratamento inicial; Fig 2. Radiografía final do Retratamento
Descubra as diferenças! Em caso de dúvida não hesite em contactar-nos.
Os 3ºs molares definitivos, ou como se designam vulgarmente como dentes do siso ou do “juízo”, são os últimos dentes a erupcionar (por volta dos 18-20 anos), na zona mais posterior de cada arcada dentária. Nalguns casos, os sisos nem sequer se formam e estão ausentes nos maxilares (agenésia).
Quando o siso erupciona, é um dente de difícil higienização dada a sua localização, e muito susceptível a cáries. Quando a cárie é detectada a tempo, o dente ainda poderá ser tratado, mas no caso de cáries profundas, e quando acompanhadas de dor, inflamação ou infecção, após uma avaliação clinica cuidada, poderá ser uma das indicações para ser extraído.
Dado serem os últimos dentes a nascer, poderão não ter espaço para erupcionar, e ficam dentro do osso (inclusos), ou não nascem totalmente, ficando parcialmente dentro do osso (semi-incluso). Nestes casos, podem permanecer no maxilar durante toda a vida sem qualquer tipo de queixa, ou podem exercer pressão em todos os outros dentes, acompanhado de dores, e na grande maioria dos casos, provocar desalinhamento dentário, podendo ser esta outra indicação para extrair. Durante o processo de erupção, podem igualmente provocar inflamações e infecções na gengiva que recobre a coroa do dente, podendo provocar dores intensas, e/ou dificuldade na abertura da boca.
Todos estas situações devem ser avaliadas clinicamente com recurso a exames complementares de diagnóstico, como é o caso do Rx Panorâmico ou da TAC, de forma a confirmar a necessidade de extrair o dente, ou para planear correctamente a cirurgia. É um procedimento totalmente indolor, e cuja recuperação pós-operatória é normalmente bem controlada com recurso a antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos.
A colocação de implantes dentários é uma técnica atual cada vez mais utilizada pelos médicos dentistas de todo o mundo. O implante dentário, após osteointegração (período que varia entre 3 a 6 meses em que o osso se remodela e deposita em torno do implante conferindo-lhe estabilidade intra-ossea) permite a substituição de um dente perdido por uma estrutura rígida, unitária e funcional.
Neste caso, uma paciente do sexo feminino, compareceu na White Clinic com dois dentes com um elevado grau de destruição. É possível ver na imagem abaixo a ausência da totalidade da coroa do dente e a presença apenas da raiz do dente.
Após um estudo detalhado clinico e radiográfico, em que é imperativo o estudo da disponibilidade óssea através de uma CBCT (Cone-Beam Computorized Tomography), planeou-se a colocação de dois implantes dentários imediatamente após a extração das raízes remanescentes.
Recorrendo a técnicas gold-standard, utilizamos concomitantemente com a colocação de implante, um substituto ósseo que permite recuperar o volume ósseo perdido apos a extração do dente.
No próprio dia, a paciente tem a possibilidade de ter a função mastigatória e estética repostas, através da técnica de carga imediata em que uma coroa provisória é colocada sobre o implante imediatamente após a cirurgia. Esta técnica é “case sensitive” uma vez que o implante tem que preencher uma séria de pré-requisitos para ser um bom candidato à carga imediata (nomeadamente, uma boa estabilidade inicial, um bom nível de contacto ósseo).
Após o período de cicatrização óssea (varia entre 3 a 6 meses) foi elaborada a coroa cerâmica definitiva sobre os dois implantes, repondo por completo a estética e função anteriormente perdidas.