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Linha White

Consequências do Uso Prolongado da Chupeta na Respiração, nos Dentes, na Fala e na Deglutição

O uso da chupeta deve ser utilizado com moderação tendo em conta a faixa etária em que a criança se apresenta. Quando a criança já apresenta vários dentes o uso da chupeta pode tornar-se prejudicial, visto que é, um objeto exterior e que ficará entre as arcadas dentárias superior e inferior. Consequentemente, a língua ficará numa posição inadequada (posição baixa) dentro da cavidade oral. O tamanho da chupeta também irá influenciar a posição dentária e lingual.

A condição mais comum do uso prolongado destes objetos é a alteração da configuração da arcada dentária, que normalmente se manifesta com o aparecimento de espaços entre os dentes superiores e inferiores. As crianças que desenvolvem este tipo alteração (mordida aberta) irão desenvolver com mais facilidade uma inadequada produção de alguns sons da fala e também uma inadequada deglutição.

Além das alterações morfológicas e funcionais ao nível da cavidade oral, existem também, alterações associadas ao nível da respiração. O uso frequente da chupeta proporciona uma alteração da postura dos lábios, língua e mandibula (em depressão) e consequentemente da respiração, sendo frequente existir uma respiração predominantemente oral em vez de nasal.

Estas alterações do sistema estomatognático (respiração, mastigação, deglutição e fala) conduzem a uma deglutição atípica, ou seja, uma alteração do padrão normal da deglutição.

Quando existem este tipo de alterações é importante a criança ser avaliada por uma equipa constituída por: Médico Dentista, Médico Otorrinolaringologista e Terapeuta da Fala. Só um trabalho em equipa poderá fazer a diferença neste tipo de casos.

 

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Sofre de mau hálito? Este artigo pode ajudar

Halitose é o termo usado para descrever um odor desagradável que sai da cavidade oral, sendo uma das maiores queixas dos indivíduos que se deslocam às consultas de Medicina Dentária.

Os grandes causadores desta condição são os Compostos Sulfurosos Voláteis (CSV). Estes compostos são produzidos por bactérias, na degradação de células, proteínas salivares e restos alimentares.

Para podermos evitar esta condição é impreterível reduzir a carga bacteriana existente na cavidade oral, recorrendo aos métodos de higiene tradicionais, como uma boa escovagem dos dentes e da língua, tal como o uso de fio/fita dentária.

Desta forma, a produção dos CSV será menos abundante e o seu hálito deixará de ser um problema.

Mas quando já somos portadores desta condição, o que podemos fazer?

Antes de mais, é importante avaliar a condição da nossa higiene oral, e perceber se ela está a ser eficiente ou não. Nesta fase, pode contar com a ajuda do seu Médico Dentista/Higienista oral.
A má higiene do dorso posterior da língua é uma das grandes causadoras do mau hálito, uma vez que constitui o nicho ideal para a acumulação de bactérias. Para evitar que isto aconteça, deve higienizar o dorso da língua, com recurso a escova de dentes ou de instrumentos específicos como o Raspador lingual.

Se estiver a tomar fármacos que possam influenciar a quantidade de saliva produzida na sua cavidade oral, a halitose pode ser uma realidade. Assim sendo, deve falar com o seu médico assistente para avaliarem as alternativas, ou optar por humectantes orais/estimuladores de saliva.

Contudo, em casos mais raros, a halitose pode não derivar da cavidade oral, mas sim de patologias do foro respiratório, gástrico, condições metabólicas ou infeções nasais e oro-faringeas, que devem ser tratadas para melhorar os odores orais.

Existem vários métodos que podem ser usados pelo paciente, de modo a perceber se é portador de halitose:
-Usar uma colher de plástico para raspar a parte posterior da língua e cheirar
-Passar a língua no interior do seu pulso, secar, e cheirar
-Passar fio não encerado entre os dentes posteriores e cheirar
Se o odor for desagradável, está na presença de bactérias causadoras de halitose.

Se se sente desconfortável com o seu hálito, a White Clinic dispõe de uma equipa especializada e multidisciplinar capaz de o ajudar nesta questão, de forma a sentir-se confortável com o seu sorriso. Na nossa clínica, as consultas de rotina consistem em exames precisos para despiste da halitose ou quaisquer outras questões relacionadas com a sua cavidade oral.

 

Higiene das próteses

As próteses dentárias são feitas de materiais sintéticos, como o acrílico ou a cerâmica, logo, a higiene que fazemos aos dentes naturais não é suficiente para este tipo de materiais.

Para os dentes naturais são recomendadas escovas de cerdas macias, com uma pasta de dentes com um aporte de flúor capaz de remineralizar os tecidos dentários e proteger contra a acumulação de placa bacteriana.

Os materiais que constituem as próteses têm maior dificuldade em aderir placa bacteriana, no entanto, para que a sua higiene seja eficiente devem ser usadas escovas próprias, que têm uma cabeça mais fina para as zonas de maior dificuldade de acesso, e uma zona mais longa, para a zona dos dentes. Se optar por uma escova comum, estas devem ser duras, e não médias /macias como para os dentes naturais.

O sabão azul e branco é um excelente produto que pode usar para higienizar a sua prótese, mas apenas se esta for removível. Se a prótese for fixa, opte sempre por usar pasta de dentes comum.

Para fazer a desinfeção semanal da sua prótese, pode usar pastilhas efervescentes existentes no mercado e colocar num copo com água, juntamente com a sua prótese removível. Estas pastilhas, ao libertarem bolhas de gás ajudam na remoção mecânica dos depósitos acumulados na prótese.

Mas existem produtos caseiros igualmente bons para fazer esta rotina semanal, como a líxivia. A líxivia é um bom desinfetante, e apenas deve ser usado nas próteses removíveis, numa proporção de 1:10, sendo a líxivia em menor quantidade. Atenção que esta rotina pode descolorar as próteses, sendo recomendado alternar com outro meio de desinfeção.

O vinagre é igualmente uma boa opção, também na proporção 1:10.

Estes hábitos são importantes para a manutenção da sua próteses, mas não dispensa a ida a um médico dentista com regularidade, para avaliar a adaptação da prótese e a saúde dos tecidos circundantes.

 

A Equipa White

 

 

Conheça sintomas/manifestações que surgem na boca e que podem indicar a presença de certas doenças

Existem vários sintomas e manifestações que podem surgir na boca e podem indicar a presença de uma certa patologia. Importa referir que a maioria destas patologias tem um caracter raro, e em boa parte dos casos os sintomas são inofensivos e transitórios. No entanto, é imperativo fazer o diagnóstico com os meios apropriados. É de destacar que as consequências das doenças podem ser bastante minimizadas quando o diagnóstico é feito precocemente nas consultas regulares com o seu médico dentista. 

Alguns destes sintomas/manifestações são a palidez das mucosas, que pode indicar anemia, o aparecimento de úlceras que pode igualmente indicar anemia, mas também cancro oral, sífilis e queilites, a presença de manchas de cor variável pode ser sinal de cancro oral ou melanoma (nos casos mais graves) mas também de certas condições benignas. A diminuição da quantidade de saliva (hipossialia) pode ser um sinal de diabetes, a xerostomia (secura bucal) pode indicar a presença de doenças como a Síndrome de Sjogren. Lesões de vários tipos (em nódulo, em placa) na mucosa, vermelhas ou brancas podem ser manifestações de doenças como cancro oral, candidíase, infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), quistos e sarcoidose. Podem também resultar de situações traumáticas (como uma restauração muito grande que invade o espaço dos tecidos, dentes mal posicionados, entre outros). A presença de um ardor geral na boca e desconforto pode indicar Síndrome da Boca Ardente, uma patologia mais comum em mulheres acima dos 50 anos que pode ser classificado como essencial (idiopática) ou secundária e cujos sintomas (mais comuns na ponta e dorso da língua e nos lábios) podem ser permanentes, associados a certas alturas do dia/atividades e, em alguns casos, existem dias assintomáticos.

O surgimento dos sintomas e manifestações na boca das várias doenças pode variar bastante. Certas doenças podem apresentar as suas primeiras manifestações na boca, tais como a sífilis (úlceras), a leucemia (úlceras e sangramento gengival que não existia anteriormente), anemia (despapilamento da língua que fica com um aspeto liso e brilhante) e HPV (lesões de aspeto variável com volume). Por outro lado, há doenças que se manifestam na boca mais tardiamente, como por exemplo a sarcoidose (lesões nodulares nas glândulas salivares) e a diabetes. Também pode ocorrer que surjam manifestações e sintomas orais como consequência da medicação que os pacientes tomam para determinada patologia sistémica que possuem. Por exemplo, aumento do volume gengival associado a medicamentos usados no tratamento da epilepsia, hipertensão e doenças autoimunes.

É muito importante não esquecer que a boca e as doenças que a acometem não podem ser dissociadas das doenças sistémicas e do resto do organismo. Por exemplo, no caso da diabetes e da doença periodontal (que afeta os tecidos de suporte dos dentes: gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar), encontra-se descrito na literatura, que a ausência de um controlo adequado da diabetes pode agravar/complicar o controlo da doença periodontal, e vice-versa.

Deve consultar o médico assim que surjam os primeiros sintomas ou que o paciente detete uma determinada manifestação que não estava presente anteriormente. Isto porque um correto diagnóstico e o mais precoce possível é de extrema importância no despiste de condições clinicas mais graves e para minimizar as consequências da doença. Principalmente nas doenças mais críticas, o diagnóstico precoce pode ser de grande importância e fazer toda a diferença. O especialista que deve consultar em primeiro lugar é o médico dentista que depois poderá referenciar para um especialista de outra área, se for esse o caso. Certifique-se que o médico dentista onde vai habitualmente realiza um check-up regular que inclui ortopantomografia e TAC (se necessário), bem como exame aos tecidos moles.

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