A articulação temporomandibular (ATM) liga o maxilar inferior à base do crânio. Por sua vez a base do crânio encontra-se ligada à região cervical através de vários músculos e ligamentos. Devido à íntima relação existente entre estas estruturas, vários estudos científicos têm reportado uma relação entre alterações posturais da cabeça e restantes partes do corpo e o aparecimento de desordens temporomandibulares (patologias que acometem a ATM e estruturas anexas). No que diz respeito aos sintomas deste tipo de disfunções pode destacar-se: dor muscular, cefaleias, ruídos articulares, restrição dos movimentos mandibulares (abertura e encerramento) entre outros. A principal causa deste tipo de patologias são hábitos como ranger os dentes ou apertamento dentário. No entanto outras causas possíveis são alterações na oclusão (forma como os dentes encaixam) e as acima faladas, alterações posturais.
A existência de uma relação intima entre os músculos e ligamentos do pescoço, crânio e maxilar inferior implicam que mudanças na postura da cabeça e do corpo tenham influência na posição do maxilar inferior em relação ao maxilar superior e, por sua vez, na forma como os dentes encaixam e nas funções que desempenham. Por outro lado, a perda de dentes posteriores pode levar a alterações na posição do maxilar inferior, que colapsa, e por sua vez a alterações na postura da cabeça. Estas alterações podem provocar tensões musculares que se vão propagando por várias cadeias musculares e resultam em dores nos músculos afetados.
Apesar de ainda não estar completamente provado que a má postura pode provocar problemas nos dentes e estruturas associadas e vice-versa, existem vários indícios que isto possa ser uma realidade. Se apresenta sintomas como os referidos acima ou dores nos músculos da cabeça e pescoço que não consegue explicar com outra causa, consulte o seu médico dentista para que este possa fazer um exame completo, quer aos dentes e articulação temporomandibular, quer ao sistema postural da cabeça e pescoço de forma a despistar estas condições e prescrever o tratamento mais adequado.
A doença diabetes mellitus não controlada é considerada um fator de risco para o aumento da suscetibilidade e severidade da doença periodontal. Quando não controlada, vai provocar consequências na função imunocelular, diminuindo a síntese e renovação de proteínas, como o colagénio, e induzindo reabsorção óssea alveolar. Na presença de infeção periodontal a resposta inflamatória sistêmica é ativada, aumentando os níveis séricos de proteína C reativa e fibrinogênio. Este estado da doença pode dificultar o controle da glicemia em diabéticos.
As manifestações orais no paciente diabético são uma maior acumulação de placa bacteriana e de restos alimentares, maior suscetibilidade a infeções e atraso na cicatrização dos tecidos.
O paciente diabético controlado pode ser tratado pelo médico dentista, sendo tomadas as devidas precauções. O paciente deverá apresentar na consulta as análises clínicas onde estejam presentes os níveis de imunoglobulina glicosilada (HbA1c) nos últimos 2-3 meses. Os valores de HbA1c devem ser menores que 7%.
O paciente quando não controlado não deve ser tratado, e só devem ser realizados procedimentos em casos de emergência, sempre com antibioticoterapia profilática para minimizar o risco de infeções e atraso na cicatrização.
A terapia periodontal para além de diminuir o sangramento das gengivas e o mau hálito, irá ajudar o paciente diabético no controlo dos níveis de glicémia.
O cálculo dentário consiste na calcificação da placa bacteriana. A placa bacteriana (PB) é uma massa capaz de se agregar aos dentes e é formada por uma mistura de três elementos: restos de comida, saliva e bactérias. Esta é capaz de ser removida por uma escovagem dentária eficaz. Quando a PB permanece na cavidade oral muito tempo sem ser removida, esta calcifica formando o cálculo dentário, e apenas pode ser removido com recurso a instrumentos médico-dentários em ambiente clínico. As zonas mais comuns de se alojar esta placa é na margem das gengivas, o que cria uma grande suscetibilidade das mesmas, podendo desenvolver gengivite (edema, hemorragia e dor). Existe um espaço entre o dente e as gengivas, chamado de sulco gengival, onde a PB também se pode alojar, e os sintomas de gengivite são mais exacerbados. Quando a PB se aloja nestes sulcos, já não há a possibilidade de ser removida pela escovagem e a formação do cálculo ocorre com facilidade. A este cálculo dá-se o nome de “cálculo sub-gengival” e a sua remoção exige técnica médico-dentárias mais precisas e demoradas. Dado que este cálculo é rico em bactérias, a sua presença na cavidade oral é extremamente nociva, sendo capaz de desenvolver gengivite, e se esta não for colmatada a tempo pode desencadear uma periodontite, doença esta que é irreversível e consiste na destruição dos tecidos de suporte dos dentes, nomeadamente as gengivas e o osso, deixando os dentes com as raízes expostas, e em casos mais severos com mobilidade dentária, podendo levar à perda das peças dentárias. Na White Clinic é feita a pesquisa detalhada de todos os depósitos sub e supra-gengivais, e é despendido o tempo necessário para garantir que a Higiene Oral dos nossos pacientes não apresenta quaisquer fatores de risco capazes de comprometer a sua saúde oral e geral.
Sulco gengival com a presença de Placa Bacteriana e Gengigivite
O líquen plano oral é uma lesão branca crónica de origem desconhecida, que pode aparecer na língua, interior da bochecha ou na gengiva. É mais frequente em adultos, mas também pode aparecer em crianças.
Estas lesões podem ser assintomáticas quando são predominantemente brancas, ou sintomáticas quando vermelhas.
A origem destas lesões é ainda desconhecida, no entanto pode estar associada a problemas no sistema imunitário.
O diagnóstico destas lesões é feito pelo médico dentista através de uma observação intraoral, o qual poderá recorrer a uma biopsia para a sua confirmação.
O tratamento para este tipo de lesões está destinado ao alivio dos sintomas, aceleração da cicatrização e redução do risco de se tornar uma lesão maligna.
Caso tenha este tipo de lesões, mesmo que seja assintomática, é aconselhável que recorra ao médico dentista duas vezes por ano para o seu controlo.
O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela avaliação, diagnóstico, intervenção e prevenção das alterações da motricidade oro-facial.
Quando existem alterações da motricidade oro-facial a Terapia Miofuncional é a especialidade que se dedica à intervenção e reabilitação das disfunções nas estruturas neuromusculares.
Estas alterações podem ser ao nível das funções do sistema estomatognático, ou seja, no conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns como a respiração, fala, deglutição e mastigação.
A Terapia Miofuncional é um método de tratamento que promove:
Aumento/Diminuição da tonicidade muscular;
Aumento da mobilidade muscular;
Adaptação e estabilização da musculatura oro-facial;
Esta terapia pode provocar mudanças nos padrões funcionais e assim prevenir desvios no desenvolvimento craniofacial.
Em alguns casos, a oclusão dentária (forma como os dentes superiores encaixam nos dentes inferiores) está alterada devido ás disfunções da motricidade oro-facial. Na WHITE CLINIC é realizada uma avaliação oro-facial, com uma equipa multidisciplinar, que nos permita identificar a etiologia da disfunção apresentada.
Após a identificação da causa procedemos à elaboração do plano de intervenção, visando não só, colmatar as disfunções apresentadas, como também, ir de encontro às expectativas de cada paciente.
Para possibilitar a colocação de implantes dentários no maxilar superior posterior, é muitas vezes necessário recorrer a algo chamado elevação do seio maxilar. Uma percentagem significativa de pacientes, quando perde precocemente os dentes superiores posteriores sofre um processo de reabsorção óssea extenso. Esta reabsorção traduz-se na insuficiente disponibilidade óssea para a colocação de implantes dentários e pressupõe a necessidade da elevação do seio maxilar. Na imagem conseguimos ver a ilustração da técnica clássica de elevação do seio maxilar – também chamada abordagem Caldwell-Luc.
A técnica Caldwell-Luc visa a criação de uma janela lateral ao defeito ósseo, recorrendo a brocas ou, idealmente, um instrumento piezoeléctrico. Após a abertura da janela é necessário elevar a membrana de Schneider e utilizar um xeno-enxerto (i.e enxerto cirúrgico de tecido de uma espécie para outra distinta) de osso particulado que é introduzido no espaço conseguido entre a parede óssea e a membrana já descolada. Após o devido encerramento da ferida cirúrgica está preconizado na literatura aguardar um tempo de cicatrização mínimo de 6 meses, após o qual a zona já se encontra apta para receber implantes dentários e ser reabilitada de uma forma fixa, recorrendo a coroas sobre implantes dentários.
Por vezes é difícil perceber se estamos realmente a escovar bem os dentes ou não.
Mesmo quando se deixa placa bacteriana acumulada, esta é incolor e portanto difícil de ver.
Como podemos então ter a certeza que a nossa escovagem está a ser eficaz e que estamos a chegar a toda a superfície dentária?
Nas farmácias pode encontrar um produto chamado revelador de placa bacteriana, este pode aparecer em várias formas:
• Tablete revelador de placa: mastigue um comprimido e misture com saliva, passe com a língua em todos os dentes e cuspa no final.
• Cotonetes reveladores de placa: use os cotonetes para esfregar a superfície de seus dentes.
• Solução reveladora de placa: coloque duas gotas da solução por baixo da língua e depois passe por todos os dentes e no final cuspa.
Estes reveladores vão tingir a placa bacteriana, tornando-a visível. Sendo assim os locais tingidos, são zonas onde não está a conseguir chegar com a escova ou com o fio dentário.
Este é muitas vezes uma boa forma para pôr as crianças a escovar bem os dentes!
Na White Clinic utilizamos o revelador líquido em todas as consultas de higiene oral para que os nossos pacientes consigam atingir cada vez melhores resultados com a higiene oral diária.