A sensibilidade dentária é a dor causada pela exposição dos túbulos dentinários, que são os canalículos que atravessam a dentina dos dentes.
A causa mais comum desta sensibilidade é a exposição da raiz dos dentes na área cervical, devido à retração gengival. Como a raiz não está coberta pelo esmalte, milhares de canalículos que vão do centro do dente e levam o feixe nervoso da polpa até a superfície ficam expostos e acusam a dor. Quando o calor, frio ou pressão afeta esses canalículos, sente dor.
A sensibilidade dos dentes geralmente pode ser tratada ou até muitas vezes é reversível. Algumas das causas para a sensibilidade passam por:
Existem vários tipos de manchas dentárias, podendo elas ser de cariz exógeno ou endógeno, consoante o fator causal.
As manchas exógenas são maioritariamente causadas pela alimentação e/ou hábitos orais, como por exemplo o tabagismo, em que o pigmento se fixa à superfície externa do esmalte, sendo por vezes removidos com a escovagem, dentífricos específicos e consultas de Higiene Oral de manutenção. O café e o tabaco são os principais causadores de pigmentação, podendo conferir manchas de tons acastanhados ou negros, dependendo do tempo de exposição. Os refrigerantes coloridos também podem causar pigmentação, tal como certos molhos, como o ketchup, mostarda, etc.
Quanto às manchas endógenas, estas são formadas durante o período de formação do esmalte e/ou dentina, fazendo parte da superfície dentária, não sendo possível removê-las com técnicas de Higiene comuns. Muitos dos causadores deste tipo de manchas são o uso prolongado de antibióticos durante a formação do esmalte, conferindo umas riscas que podem variar entre tons de cinza e castanho. A fluorose dentária também se manifesta em forma de manchas no esmalte, quando existe uma ingestão de elevadas quantidades de flúor durante a gestação ou durante a formação do esmalte dentário. A gravidade da fluorose varia consoante a dosagem do flúor ingerido, podendo também apresentar níveis de gravidade diferentes.
Os defeitos de formação do esmalte (Amelogénese imperfeita) e da dentina (Dentinogénese imperfeita) também podem formar manchas dentárias endógenas, sem possibilidade de remoção com consultas de Higiene Oral.
Em casos de manchas endógenas, hoje em dia já existem técnicas capazes de solucionar estas questões, como a microabrasão, branqueamento dentário, compósitos dentários, coroas, próteses, etc.
Na White Clinic, existe uma equipa especializada, capaz de apresentar as melhores opções para cada caso, garantindo a segurança, a funcionalidade e a estética de cada paciente.
A carie dentária é uma das doenças orais mais frequentes na população europeia, independentemente da idade.
A sua principal causa deve-se a vários fatores, como por exemplo maus hábitos alimentares, uma higiene oral pouco eficaz, entre outros fatores do próprio indivíduo.
O açúcar é um elemento bastante presente na nossa dieta, e é uma das causas principais do aparecimento da carie dentária.
A prevenção da carie é simples, uma vez que basta simplesmente fazer uma escovagem eficaz e utilizar fio dentário diariamente.
Mas é essencial também o controlo do consumo de açúcar.
Açúcar escondido
Muitas vezes consumimos grandes quantidades de açúcar sem darmos por isso. A DDR, dose diária recomendada, é de 20-30 gramas. Vamos analizar a quantidade de açúcar que contem alguns dos alimentos que consumimos diariamente:
– 1 lata de 33cl de Coca-Cola: 35 g de açúcar
– 1 lata de 33cl de ice tea: 23 g de açúcar
– 1 chocolate: 34.7g de açúcar
– Em 100 g de leite com chocolate: 76.2 g de açúcar
– Em 100g de cereais cereais de chocolate: 38.3 g de açúcar
Vamos imaginar esta situação:
Se bebo um copo de leite com chocolate ao pequeno almoço, uma coca-cola à hora do almoço, e como cereais de chocolate ao lanche consumo no total 35+76.2+38.3=149g de açúcar, isto é 119.2 g a mais do que é recomendado.
A solução é fazer uma boa selecção de alimentos, diminuindo o consumo de açúcar e substituindo estes por outras substâncias mais saudáveis com o mesmo sabor. Isto vai ajudar-nos na prevenção da carie e também em seguir uma dieta mais equilibrada.
Substitutos do açúcar
O uso de adoçantes permite que se produzam menos caries, reduzem o consumo de calorias e tem o mesmo poder adoçante.
Um exemplo de açúcar é a sacarina, pois não tem calorias e não provoca caries. A dose diária recomendada é de 5mg por kg do peso corporal. Também devemos considerar o consumo de xilitol (presente na fruta e verduras), uma vez que é o único adoçante que inibe o crescimento de uma das bacterias que provocam o aparecimento da carie (Streptococcus mutans) reduzindo assim o aparecimento da mesma. Também está comprovado clinicamente que o xilitol tem a capacidade de reverter as etapas iniciais da lesão, estimulando a remineralização.
O mecanismo de deglutição consiste numa sequência reflexa de contrações musculares que favorecem a descida do alimento da cavidade bucal até ao estomago, sem que haja entrada de alimento na via aérea.
A deglutição deverá atingir a sua maturação aproximadamente aos 3 anos de idade, sendo esta uma deglutição do tipo adulta.
O mecanismo de deglutição adulto é caracterizado por um conjunto de movimentos complexos, sendo eles: reunir o bolo alimentar no dorso da língua, elevar a língua até à papila incisiva/palatina, tocar com ápice da língua na papila incisiva/palatina e movimentar o dorso da língua contra o palato duro realizando assim a retropulsão do bolo alimentar.
Existem várias etapas no mecanismo de deglutição, sendo elas:
Fase Preparatória Oral;
Fase Oral;
Fase Faríngea;
Fase Esofágica;
É no decorrer da fase oral que poderemos observar alterações do padrão de deglutição, ou seja, a deglutição atípica.
A deglutição atípica é uma forma inadequada da língua e outros músculos realizarem o ato de deglutição. Normalmente, este tipo de deglutição acontece porque há um inadequado movimento dos músculos envolvidos na execução desta função. Este movimento poderá estar alterado pelo tónus, mobilidade e/ou postura lingual.
Na deglutição atípica observa-se uma anteriorização da língua, ou seja, uma pressão com interposição nos dentes incisivos centrais e laterais. Esta interposição lingual, leva muitas vezes, a alterações estruturais na arcada dentária.
A musculatura oral é fulcral no processo de deglutição, desta forma, se a musculatura não tiver o tónus adequado existirá uma dificuldade nas funções estomatognáticas e consequentemente no vedamento labial, facilitando o desenvolvimento da respiração de suplência.
O tratamento em Terapia da Fala para este tipo de alterações deverá ser reeducativo com o objetivo de evitar os hábitos nocivos e movimentos do sistema estomatognático desajustados do padrão normal.
Neste tipo de alterações o trabalho em equipa é crucial. Desta forma, é importante um olhar clínico interdisciplinar com ações conjuntas entre as várias valências: Odontopediatria e Terapia da Fala.
A cárie dentária é uma doença crónica, infeciosa e transmissível muito prevalente em crianças. A cárie precoce da infância (CPI) vulgarmente designada por “cárie do biberão”, “cárie da amamentação” e “cárie rampante” é um tipo de cárie dentária que pode aparecer antes dos 6 anos.
Resulta da adesão de bactérias à superfície dentária que metabolizam os açúcares ingeridos para produção de ácidos, os quais ao longo do tempo levam à desmineralização da superfície dentária. É uma cárie aguda, agressiva e de evolução rápida que provoca sensibilidade (dor), chegando a causar a destruição e a perda precoce dos dentes num curto espaço de tempo.
Entre os principais factores, devemos destacar :
-Líquidos fermentáveis (dieta cariogénica) ingeridos várias vezes ao dia, entre as refeições principais e durante a noite.
-Ausência de higiene oral adequada
-Permanência por tempo prolongado de líquidos fermentáveis na boca da criança.
No período noturno o número e a frequência das deglutições diminuem, assim como o fluxo salivar, reduzindo também a proteção natural e limpeza que ela exerce sobre os dentes. A associação desses elementos mais o tempo longo em que a criança permanece a dormir, e o contacto prolongado dos açucares com a dentição decídua são suficientes para o enfraquecimento das superfícies dentárias.
Os primeiros dentes a serem afectados são os incisivos superiores decíduos, logo após a sua erupção, que ocorre geralmenteentre os 12 e os 24 meses de vida.
Logo após a erupção do dente de leite, o esmalte apresenta superfícies que se encontram ainda nos estádios finais de calcificação, mineralização e incorporação de flúor. Esta hipomaturação temporária do esmalte dentário torna o dente mais susceptível à cárie imediatamente após a sua erupção.
Clinicamente, esse tipo de cárie inicia-se com manchas esbranquiçadas que, mais tarde, podem vir a formar grandes cavidades, podendo até destruir a coroa clínica.
Em estágios avançados, devido à falta de um diagnóstico precoce, poderão ocorrer graves disfunções a nível da mastigação, fonação, respiração e articulação, prejudicando assim o crescimento e desenvolvimento normal da criança. Para além das complicações anteriormente descritas,as crianças com CPI apresentam em adulto uma maior propensão para o desenvolvimento de cáries e de patologias do desenvolvimento dentário.