Tenho tido problemas vários de saúde nos últimos anos e, recentemente, a médica pôs a hipótese de serem resultado de intoxicação por metais já que tenho uma amálgama metálica que foi colocada antes dos problemas começarem a aparecer.
Fiz o teste Melisa (http://www.melisa.org/) de alergia a metais no laboratório David Pinto e tive como resultado que tenho reactividade ao mercúrio inorgânico, precisamente a substância de que é composta cerca de 50% de cada amálgama dentária.
Vou ter que, por um lado, retirar a amálgama e, por outro lado, verificar o nível de intoxicação para ver se é necessário algum tratamento.
Sei que o acto de extracção da amálgama pode ser prejudicial já que implica a libertação adicional de vapores de mercúrio. Sei também que há cuidados que se podem ter durante a extracção que minimizam os riscos tanto para o paciente como para o doente.
Pergunta: em Lisboa, existem dentistas que tenham estes cuidados durante a extracção das amálgamas? Se sim, quais?
Amálgama é toda a liga metálica em que um dos metais envolvidos está em estado líquido, sendo geralmente o mercúrio.
No caso da amálgama de prata utilizada pelo médico-dentista trata-se de uma liga que contém prata, mercúrio e estanho, podendo haver também o zinco e o cobre.
Este tipo de material é utilizado para selar (obturar) a cavidade causada pela doença cárie, cavidade essa efectuada pelo dentista ao remover todo o tecido cariado.
É um material restaurador que tem como vantagens o seu baixo custo, a resistência mastigatória; resistência ao desgaste e promove um bom selamento marginal. Para o médico dentista tem como vantagem a manipulação e técnica operatória, isto porque é o material restaurador menos sensível aos fluídos da cavidade oral e higiene do paciente.
A utilização deste material restaurador é cada vez mais rara devido a diversos factores, em que se podem destacar:
·Presença do mercúrio e outros metais pesados, potencialmente tóxicos. O mercúrio, o metal mais concentrado na liga, pode terefeitos locais e sistémicos no corpo humano, reacções de tipo corpo estranho, hemorragias gengivais, gosto metálico, transtornos respiratórios, cardíacos, neurológicos, adenopatias linfáticas, perda de peso e dores articulares;
·É um material anti-estético e está sujeito a corrosão, provocando pigmentação indesejável da estrutura dentária;
·Necessidade de confecção de cavidades mais retentivas, provocando desgastes excessivos nos dentes, isto porque não existe adesão da amálgama ao dente.
A falta de adesão dos materiais de restauração aos tecidos dentários, é hoje em dia facilmente contornada através da ampla diversidade de adesivos dentários, desta forma é possível tratar os dentes cariados com preparos dentários mais conservadores.
Com o avanço tecnológico dos materiais dentários restauradores, actualmente é possível encontrar resinas compostas ( as “massas” brancas) de diversos fabricantes com uma durabilidade similar a outros materiais restauradores classificados como estéticamente inferiores.
A resina composta é um material usado em medicina dentária com a finalidade de restaurar estética e funcionalmente os dentes. A sua aplicação é extensa, podendo ser usada para mudar a forma dos dentes, restaurar dentes fracturados, restaurar dentes cariados e minimizar imperfeições do esmalte dentário. É um material restaurador bastante estético por ter características (cor, textura, brilho, fluorescência e translucidez) muito semelhantes aos dentes naturais.
As resinas compostas ligam-se ao dente através de uma união micromecânica, ou seja, ligam-se inicialmente a um sistema adesivo (que funciona como que uma cola, que permite a adesão do material restaurador ao dente), que por sua vez se encontra ligado aos tecidos dentários. Através dos sistemas adesivos os preparos dentários são mais conservadores, como foi anteriormente referido.