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Linha White

Depressão sazonal no inverno

Os dias mais curtos e cinzentos atraem o humor melancolico. Algumas pessoas sentem uma vontade de hibernar até que o sol volte. Saiba como lidar e reconhecer os sintomas da depressão sazonal.
 

Algumas pessoas no Inverno sentem vontade de dormir mais, optam por comidas mais fortes (doces e hidratos de carbono) e apresentam mudanças na sua energia e motivação diária. Estas alterações manifestam-se de diferentes formas entre as pessoas, no entanto, só podemos dizer que se trata de depressão sazonal quando estas mudanças passam a apresentar problemas significativos no dia-a-dia das pessoas.


A característica principal deste problema é o início e a remissão de episódios depressivos em alturas particulares do ano. Na maioria dos casos os episódios começam no outono ou no inverno e desaparecem na primavera.


Os episódios de depressão sazonal são frequentemente caracterizados por alterações do sono e apetite, insónia ou sono prolongado, exaustão e fraqueza, isolamento ou irritabilidade, dificuldade de concentração, raciocínio lento, ataques de choro, angústia e por vezes pensamentos suicidas.

  • Por que motivos ocorre?

Não se conhecem as causas da depressão sazonal, mas o conhecimento dos mecanismos da influência da luz sobre a melatonina e a serotonina permite concluir que este problema parece estar mais relacionado com um processo biológico do que psicológico. Acredita-se que esta perturbação esteja relacionada com a diminuição de luz e temperaturas mais baixas, pois a luz influencia o nosso relógio biológico, interferindo nos ciclos de vigília e sono, mas também no humor.
 

A idade também parece desempenhar o seu papel, na medida em que este é um problema mais comum a partir dos 25 anos, sendo muito raro abaixo dos 20. É igualmente mais frequente entre o sexo feminino pois compreende 60 a 90% dos casos, embora no sexo masculino os sintomas possam ser mais acentuados.
 

A depressao sazonal é pouco diagnosticada, no entanto, quando não tratada pode ter consequências tão graves como a depressão propriamente dita, reconhecida como uma doença do foro psicológico.

 

  • Existe solução!

Apesar da depressão sazonal estar essencialmente ligada a mecanismos biológicos, o processo psicoterapêutico pode ser bastante útil para ajudar a lidar com as mudanças de humor, sentimentos e comportamentos associados. Se começar a sentir alguns dos sintomas indicados é aconselhável que inicie o tratamento com psicoterapia, evitando que se instale a depressão. Entretanto, se os sintomas forem severos, a pessoa deve recorrer a ajuda psiquiátrica em complementaridade.

 

O que pode fazer para prevenir a depressão sazonal?

  1. Faça exercício físico. Se não gosta ou não tem tempo, tente transformar as suas atividades quotidianas numa forma de se exercitar: vá a pé comprar o jornal; se utiliza transportes, procure sair numa paragem mais distante de forma a andar um pouco mais ou use as escadas em vez do elevador. Está provado que o exercício físico aumenta os níveis de endorfinas deixando-o mais bem-disposto e animado, melhorando assim, o seu funcionamento cerebral.
  2. Procure relaxar no seu dia-a-dia. Bastam apenas 10 ou 15 minutos. Tome um banho de imersão ou ouça música, por exemplo.
  3. Durma entre 7 a 8h por dia. É durante o sono que o cérebro integra as aprendizagens e processa as emoções, adquirindo desta forma maior energia e boa disposição para o dia seguinte.
  4. Coma de uma forma saudável. Siga um padrão alimentar regular. Isto é, procure comer 3 refeições principais e 3 refeições secundárias (lanches) por dia, e não deixe passar mais de 3 horas entre elas.
  5. Socialize regularmente. Procure ter qualidade de tempo com os seus amigos e familiares, uma vez que é através dos outros que nos integramos a nós próprios.
  6. Procure fontes de prazer e bem-estar. Sorria! Dê uma boas gargalhadas no seu dia-a-dia.
  7. Aprenda algo novo que lhe traga crescimento pessoal e ocupacional no futuro. É importante sentirmo-nos úteis e sentirmos que contribuímos de alguma forma para a vida em sociedade.
  8. Respeite as suas necessidades para que possa conviver em maior paz e harmonia com os outros.
  9. Foque-se naquilo que quer e valoriza. Corra atrás do que deseja.
  10.  Cuide de si e da sua imagem. Permita-se dar uns mimos a si mesma (vá ao cabeleireiro ou faça uma massagem). Sentir-se bem com a sua aparência física vai ajudá-lo a ter um dia mais bem-sucedido.

 

 

Catarina de Castro Lopes
Departamento de Psicologia WHITE 

A Psicoterapia é eficaz?

Nos últimos 50 anos tem sido estudada a eficácia da Psicoterapia. Diversos estudos empíricos demonstram que 40% a 60% dos pacientes melhoram a sua qualidade de vida e que a terapia tem benefícios práticos na sua rotina diária. Estudos provam que 30% dos pacientes atingem um benefício duradouro após apenas três sessões.

 

A psicoterapia facilita a remissão de sintomas perturbadores e melhora o funcionamento diário das pessoas. O acompanhamento psicológico proporciona bem-estar e fornece estratégias e recursos para lidar com problemas futuros. Está provado que um amplo leque de terapias, quando executadas por terapeutas profissionais, competentes e qualificados resultam em ganhos consideráveis para o paciente, incluindo um retorno ao funcionamento habitual.

 

Photograph: Stockbyte/Getty

 

Alguns estudos compararam a psicoterapia com a farmacologia para tratamento de Depressão e descobriram que depois da intervenção a percentagem de recaída era muito superior nos pacientes que receberam medicação antidepressiva (57%) comparada com os que estiveram em psicoterapia (27%). Provavelmente está associado ao interesse dos psicoterapeutas em mudanças duradouras em vez de temporárias.

 

Caso necessite, não hesite em pedir ajuda da psicoterapia.

 

 

Catarina de Castro Lopes

Directora Clínica de Psicologia na White

Alterações de humor na menopausa

A menopausa é um periodo crítico na vida da mulher, já que corresponde ao final da etapa reprodutora feminina em que a mulher começa a experimentar várias modificações fisicas e desequilíbrios hormonais, que podem ter repercussões a nível psicológico.

 

Instabilidade emocional, irritabilidade, cansaço, falta de energia, desmotivação, choro fácil, perturbação do sono e do apetite e dificuldade de concentração são sintomas comuns. Outros sintomas como os afrontamentos e disfunção sexual, podem ter um efeito sobre o humor e relações pessoais.

 

Nem todas as perturbações psicológicas que podem surgir nesta fase devem ser atribuídas aos desequilíbrios hormonais, uma vez que no seu aparecimento também têm influência vários factores socioculturais.

 

Na sociedade actual o envelhecimento é evitado pela maioria das mulheres, que procuram combate-lo através de tratamentos cosméticos, dietas rigorosas, pinturas de cabelo e cirurgias plásticas. Numa cultura em que os ícones do sexo feminino ainda são escolhidos em grande parte pela sua aparência, o aparecimento da menopausa é interpretado como um marcador indesejado de idade avançada o que pode levar ao desenvolvimento de perturbações da imagem corporal. Nas sociedades em que o envelhecimento significa um aumento de status, os sintomas da menopausa podem ser menos problemáticos.
 

 

 


Por outro lado, durante os anos que antecedem a menopausa as mulheres enfrentam frequentemente uma serie de pressões na vida. É habitualmente uma época de grandes responsabilidades familiares: cuidar dos pais, ver os filhos a saírem de casa ou lidar com a sua fase de adolescência, problemas na relação com o parceiro (por exemplo, momento de adaptação do casal que por vezes sofre algum desgaste com a saída de casa dos filhos) e falta de apoio social. Podem acrescer problemas no trabalho, preocupações financeiras ou outros problemas de saúde.

 

A substituição hormonal pode ter um efeito benéfico sobre o humor, aliviando os sintomas, melhorando assim, o sono e o bem-estar geral. No entanto, se o mal-estar persistir deve procurar ajuda através da psicoterapia.

 

É importante perceber que após a menopausa é possível conseguir o seu bem-estar e ter uma vida social, afectiva, sexual e laboral activa.

 

Catarina de Castro Lopes

Departamento de Psicologia

As críticas dos outros podem interferir na nossa auto-estima?

É natural darmos importância a forma como somos vistos e valorizados por outras pessoas. A opinião dos outros é importante para nós, sendo muitas vezes através dos outros que nos integramos a nós mesmos. Somos seres sociais, vivemos em grupo, logo é natural que sintamos a sua pressão e influência. A auto-estima é uma necessidade que cumpre a função de fazer corresponder a visão que os outros têm de nós ao que somos verdadeiramente, e ao facto de correspondermos aos padrões culturais. Monitoriza e regula a aceitação social das pessoas, no sentido de evitar a rejeição em sociedade.

 A forma como a opinião dos outros tem impacto em nós depende da interpretação que damos a essa informação e da auto-estima que temos. Se for uma pessoa insegura, se a sua estima não estiver fortalecida ou se for demasiado exigente consigo mesmo pode haver um género de filtro mental, que absorve todas as criticas negativas ou depreciativas, indo ao encontro da imagem negativa que tem de si próprio.

  

A auto-estima é indissociável da autocritica. Apenas podemos alcançar apreço por nós mesmos quando se torna possível tomar em consideração as autocríticas, isto é, a capacidade de identificar, tolerar e aprender em função das nossas insatisfações pessoais, e as heteroclíticas ou criticas dos outros. 


Uma pessoa com auto-estima torna-se mais capaz de tolerar as críticas e eventualmente aprender com elas nos diferentes momentos da sua vida. Se a crítica que fazemos sobre nós for adequada proporciona aprendizagem, evita erros futuros e consequentemente leva ao crescimento pessoal. Se, por outro lado, forem de caracter culpabilizante ou destrutivo podem ameaçar a auto-estima.


Se existir uma auto-estima fortalecida, se estiver seguro do seu valor, sentirá uma maior serenidade perante as opiniões dos outros. Mais importante do que os outros pensam de nós, é o que pensamos sobre nós mesmos. De que adianta os outros gostarem de si ou respeitarem-no se quando se olha ao espelho não respeita o que vê?

Pense nisto.
 

Departamento de Psicologia
Catarina de Castro Lopes
Directora Clinica

A importância das Férias

As férias constituem uma pausa no ritmo de trabalho. Ajudam a diminuir o stress, a relaxar e a aumentar os níveis de energia e de criatividade.

O nosso organismo precisa de uma pausa periódica para recuperação do desgaste físico e mental. Quando conseguimos “recarregar as nossas baterias” podemos retomar ao trabalho mais bem dispostos e produtivos. Sabemos que um profissional satisfeito é aquele que produz e atinge resultados.

Por outro lado é importante termos este tempo disponível para actividades sociais, culturais ou desportivas, para organizarmos tudo aquilo que não conseguimos com a azafama do ritmo de trabalho e quem sabe, descobrir novas aptidões, pois as rotinas muitas vezes inibem a criatividade e produtividade. 

 

 

Há pessoas para quem as férias são momentos de verdadeiro descanso e relaxamento, mas há outras para quem são um grande período de tensão e fonte de stress. Talvez porque ficam demasiado impacientes para as tão aguardadas férias, elaborando expectativas demasiado elevadas ou irrealistas relativamente ao bem-estar que imaginam atingir nesse período. Fantasiam sobre aquelas semanas que magicamente acreditam que irão “consertar” tudo.

Para que este periodo seja agradável e vivido sem stress é necessário programar periodos de relaxamento e diversão assim como dividir algumas tarefas (p.e. cuidados a ter com as crianças, tarefas domesticas, etc).

 

Alguns motivos de stress que surgem durante as férias e que podem interferir na harmonia e descanso desse período:

Dificuldades Financeiras. Quando pensamos em férias muitas vezes planeamos sair de nossa casa e ir para um local diferente do habitual o que implica algum investimento monetário. Pessoas com dificuldades financeiras podem sentir dificuldades na sua concretização o que pode levar a sentimentos de frustração.

Companhia. As férias são habitualmente passadas ao lado dos que nos são mais próximos (conjuge, familiares e amigos), pelo que aqueles que se sentem sozinhos podem ficar mais perturbados nesta altura do ano.

Outras vezes não estamos em sintonia com a(s) pessoa(s) que escolhemos passar as nossas férias. Queremos fazer algo diferente, temos ritmos biológicos mais ou menos acelerados ou gostos diferentes. Estarmos dependentes de outros pode causar stress. Procure gerir esses conflitos de interesses da forma mais harmoniosa que conseguir. Talvez possa negociar com os familiares ou amigos e alternarem programas preferenciais de forma a agradar a todos.

Insatisfação Corporal. No Verão existe também uma grande preocupaçao com o corpo, uma vez que está habitualmente mais exposto. A insatisfação com a aparência fisica pode levar ao evitamento de algumas situações sociais (p.e. ir a praia ou festas) e consequentemente ao isolamento.

Novo Ritmo. Existe uma necessidade inerente às férias de nos adaptarmos ao novo ritmo de sono e de alimentação, à mudança de local, actividade fisica diferente, ao convívio condensado com quem nos desabituámos de lidar, ao confronto com expectativas sociais que idealizam capacidades relacionais e exigem corpos esculturais.

 

Não descure as Férias!

Esta é uma boa altura para usufruir de momentos de bem-estar e satisfação. Respeite as suas necessidades para que possa conviver em maior paz e harmonia.

 

 

Catarina de Castro Lopes

Directora Clinica do Departamento de Psicologia

Programa Noites Tranquilas

Melhore a qualidade do seu sono e elimine as insónias em apenas 6 sessões.

 

Insónias

Significa ter dificuldades em adormecer, em se manter a dormir ou ter um sono reparador. Um bom sono permite melhor capacidade de concentração e memória, facilita a percepção de ideias, a concepção de planos e a criatividade. Outras consequências das insónias são a fadiga, cansaço, dificuldade no desempenho escolar ou trabalho, alterações de humor, irritabilidade, redução da energia e motivação, dores de cabeça, alterações gastrointestinais e preocupação relativamente ao sono.

 

Trata-se de uma das queixas mais frequentes e das mais ouvidas por médicos e profissionais de saúde, no entanto, muitas pessoas não procuram ajuda, o que é uma pena, dado existirem formas de tratamento muito eficazes, sem ser necessário recorrer a medicação.

 

Não se iniba de pedir ajuda.

Com o programa Noites Tranquilas temos a solução que procura!

 

Objectivos do Programa:

-       Melhoria na qualidade e/ou tempo de sono

-       Melhoria dos níveis de energia, atenção e memória, no desempenho cognitivo e nos sintomas somáticos

-       Melhoria significativa nas perturbações emocionais relacionadas com o sono

Preencha o questionario para avaliar o nivel de severidade das suas insónias, com base nas últimas duas semanas:

 

Queixa Nada Pouco Moderado Grave Muito Grave
Dificuldade em adormecer 0 1 2 3 4
Dificuldade em manter-se a dormir 0 1 2 3 4
Acordar muito cedo 0 1 2 3 4

Até que ponto está satisfeito/insatisfeito

com o seu padrão de sono actual?

Muito

Insatisfeito

0

Satisfeito


1

Moderadamente

Satisfeito

2

Insatisfeito


3

Muito

Insatisfeito

4

Até que ponto acha que os outros notam as suas

dificuldades de sono na forma como afecta

negativamente a sua qualidade de vida?

Não notam

Nada

0

Notam

Pouco

1

Notam

Razoavelmente

2

Notam Muito


3

Notam

Muitíssimo

4

Qual o seu nível de preocupação/ perturbação com

os seus problemas de sono actuais?

Nada

Preocupado

0

Um pouco

Preocupado

1

Razoavelmente

Preocupado

2

Muito 

Preocupado

3

Extremamente

Preocupado

4

Até que ponto considera que o seu problema de sono

interfere com o seu funcionamento diurno (por exemplo,

fadiga, humor, capacidade para trabalhar ou para as

suas tarefas quotidianas, concentraçao, memoria,

energia, etc.)?

Não Interfere 

Nada



0

Interfere

Um pouco



1

Interfere 

Moderadamente



2

Interfere 

Muito



3

Extrema 

Interferência



4

Total (some os valores das 7 perguntas)

         

 Insomnia Severity Index

 

Interpretação do valor obtido: 

0-7: Sem insónia clinicamente significativa 

8-14: Insónia sub-clínica 

15-21: Insónia clínica (severidade moderada) 

22-28: Insónia clínica (severidade elevada) 

 

 

Departamento de Psicologia da White

 


Ortorexia - Quando a alimentação saudável passa a obsessão

Esta perturbação é caracterizada por uma preocupação exagerada com o tipo de alimentos consumidos. Estas pessoas apenas ingerem alimentos saudáveis e escrutinam o conteúdo nutricional de cada alimento – calorias, vitaminas e nutrientes. Qualquer coisa que contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não permitido” não é consumido.

Esta rigidez alimentar levada ao extremo acaba por interferir na qualidade de vida destas pessoas, uma vez que a alimentação passa a controlar o seu dia-a-dia. Frequentemente recusam comer em casa de amigos ou familiares por nao saberem o que irá ser servido e são capazes de percorrer longas distancias para comprar os seus alimentos. A obsessão com a alimentação saudável interfere em actividades e interesses, prejudica as relações afectivas, tornando-se física e psicologicamente perigosa. Os problemas sociais são evidentes. Um ortorexico habitualmente isola-se socialmente por planear a sua vida em função da comida. Pode inclusive perder a capacidade de comer de forma intuitiva – não saber quando tem fome, quanto precisa comer ou quando está satisfeito.

A auto-estima destas pessoas é baseada na “pureza” dos alimentos consumidos.

Quando não conseguem seguir as suas regras alimentares desencadeiam processos de frustração, podendo mesmo chegar a depressão. Não se trata de uma preocupação normal em fazer uma alimentação saudável. Trata-se de um comportamento radical que condiciona toda a vida pessoal e social.


 

 

Será que eu tenho Ortorexia? Considere as seguintes questões:

 

- Só se permite comer alimentos saudáveis?

- Consegue comer uma refeição preparada por outra pessoa?

- Observa e comenta a maneira como outras pessoas preparam a comida?

- Dá consigo a pensar em conteúdo nutricional durante o dia?

- Seguir uma dieta saudavel é a sua prioridade na sua vida? O trabalho e a diversão estao em segundo plano?

- Sente-se culpado ou com raiva quando comete um pequeno deslize no seu plano alimentar?

- Sente-se sob controlo quando come apenas alimentos considerados saudaveis?

- Nao consegue entender como é que as outras pessoas podem comer determinados alimentos como fast food, enlatados, biscoitos, etc?

 

 Consequências da Ortorexia

Para alguns, a capacidade de concentração (no trabalho ou estudo) pode começar a declinar, à medida que os seus pensamentos se ocupam cada vez mais com a alimentação, com alimentos permitidos, como articula-los no seu dia-a-dia, quantas vezes se deve mastigar e por aí fora. O pensamento pode ficar totalmente ocupado com comida, deixando pouco espaço para outras ideias. A concentração e a motivação acabam por ficar na retaguarda.

A ortorexia pode acarretar graves prejuízos à saúde, caso o ortoréxico não substitua os alimentos que evita consumir por outros que lhe ofereçam o mesmo complemento nutricional. Entre as conseqüências fisicas encontram-se quadros de anemia e carência vitamínica. Apesar disso, o isolamento social é um prejuízo às vezes mais difícil de reparar do que os próprios danos físicos.

 

Tratamento

Tal como noutras perturbações alimentares, a ajuda de profissionais especializados é fundamental.

Embora seja uma perturbação pouco divulgada pode ter reprecussões serias para a saude (fisica e mental).

O acompanhamento psicológico em conjunto com o acompanhamento nutricional, são a chave para se ultrapassar esta obsessão. 

 

Nao deixe de pedir ajuda! Venha fazer uma avaliação gratuita connosco.

 

 

Departamento de Psicologia e Nutrição da White

Catarina de Castro Lopes (Directora do Departamento de Psicologia)

Iara Rodrigues (Directora do Departamento de Nutrição)

Programa “Anti-Stress” - Abandone o Stress em apenas 4 sessões

Dia 7 de Abril é o dia mundial da saúde.

Sabemos que o stress pode afectar a sua vida de uma forma muito negativa e pode ter repercussões na sua saúde e bem-estar, nas suas relações com os outros e no seu desempenho. Níveis descontrolados de stress podem significar uma serie de outras complicações, como dores de cabeça, mau humor, falhas de memória, dores musculares e batimentos cardíacos acelerados.

Não desanime! Temos soluções para o seu problema. É possível controlar o stress e nem é muito difícil!

Para isso criámos um programa que o pode ajudar, através da aquisição e treino de estratégias e técnicas simples, rápidas e cientificamente comprovadas como eficazes para combater o stress.


Como conhecemos o impacto negativo do stress na sua saúde, nesta época e alusivo ao dia mundial da saúde, criámos uma boa oportunidade para si.

Se marcar a sua consulta até ao dia 8 de Abril poderá usufruir do programa por apenas 85 euros, em vez de 200 euros (valor do programa).

 

 

Ao longo das 4 sessões individuais pode aprender a:

-   Reconhecer as suas fontes de stress

-   Identificar os seus sintomas de stress e a forma como afectam a sua vida

-   Aprender técnicas de relaxamento simples, através do controlo da respiração ou da contracção muscular

-   Treinar a capacidade de regular as suas emoções com a ajuda de aparelhos de biofeedback

-   Identificar prioridades na sua vida e treinar a gestão do tempo de acordo com as mesmas

-   Desenvolver estratégias de resolução de problemas

-   Treinar a mente para identificar e lidar com emoções e pensamentos indutores de stress

-   Desenvolver um estilo de comunicação assertivo

 

Com a ajuda deste programa vai sentir resultados rapidamente e adquirir uma bagagem de competências que lhe irão servir ao longo da sua vida!

 

 

Catarina de Castro Lopes

Directora Clinica de Psicologia na White

 

Existem emoções negativas e positivas?

As emoções não são boas nem más, nem positivas ou negativas. Podem ser agradáveis ou desagradáveis mas são todas adaptativas, isto é, orientam-nos para a nossa sobrevivência.

Na nossa cultura e sociedade está de alguma forma implícito que sentir algumas emoções é mau. Não devemos mostrar-nos tristes e o choro deve ser evitado, existindo uma pressão social para estarmos sempre bem dispostos e sorridentes. Fomos educados a não expressar raiva e quanto ao medo é só para os mais fracos. Expressões como “Homem que é homem não chora” ou “Não tens motivos para estar triste” é o mesmo que dizer: “Não expresses os teus sentimentos”. A falta de permissão e apoio para sentir e expressar as emoções e o desconforto experienciado leva a que muitas pessoas as anulem ou neguem, em vez de as regularem e expressarem adequadamente.

 

Porque ficamos tristes, com raiva, com medo ou desesperados? Para que servem as emoções? Compreender os propósitos e as funções das emoções, pode ajudar-nos a entender como podemos ter “saúde” emocional e como mantê-la ou recuperá-la.

 

Tomemos como exemplo a tristeza, uma resposta a uma perda de algo ou de alguém, habitualmente relacionada a uma situação passada. Por que sentimos tristeza? Tente pensar nos resultados de um bom choro, ou da quietude e descanso que acompanham esta emoção. A maioria das pessoas, depois de um período de tristeza intenso, fica com uma sensação de alívio, de limpeza, de se terem desprendido de algo. Este é um dos propósitos desta emoção: ajudar-nos a deixar ir o que já perdemos, o que já acabou e abrir espaço para o crescimento, para novas pessoas ou novas “coisas”. A tristeza também nos predispõe a descansar, a recuperar as energias, da mesma forma que descansaríamos e nos recuperaríamos depois de uma lesão física. Se a expressarmos adequadamente, entregamos o passado ao passado e mais facilmente nos movimentamos para o presente, prontos e abertos para novas possibilidades. Assim, processar a tristeza é potencialmente reparador, não esquecendo também a sua função de despertar a empatia nos outros, provocar o cuidado, convidar ao consolo e à ajuda.

Agora imagine uma situação em que sentiu raiva, que se sentiu injustiçado ou enganado. Tente lembrar-se das sensações no seu corpo. Os punhos e os maxilares tendem a fechar-se, há uma tensão geral nos ombros, braços e pernas e o corpo fica mais quente. É a raiva, que nos faz “ferver” e mudar aquilo que acreditamos estar errado. Torna-nos mais fortes, mobiliza a nossa energia e cria em nós um impulso para a acção que visa superar um obstáculo. A sua expressão, adequada, tem como propósito defender os nossos direitos.

 

Examinemos o medo. Diferentemente da raiva e da tristeza, está habitualmente relacionado com o futuro. É uma espécie de aviso sobre a possibilidade de alguma ameaça. O medo prepara-nos para o perigo, real ou imaginado. Ficamos alerta para algo que está prestes a acontecer. É uma reacção de luta ou fuga que leva a modificações fisiológicas: os músculos ficam tensos (o que nos deixa prontos a lutar ou fugir), a respiração acelerada e superficial, os batimentos cardíacos aumentam, sentimos o frio no estômago e os olhos ficam abertos e alerta, o que nos deixa mais despertos e conscientes. Estas modificações fisicas preparam-nos para enfrentar o perigo, para detectá-lo adequadamente, para eliminá-lo ou para fugir. Este é o propósito do medo, no entanto é uma emoção desvalorizada socialmente. Tornou-se comum para muitos homens a tentativa de negar as reações naturais associadas a esta emoção (“um homem não deve ter medo”), resultando daí uma série de distorções (esconder o medo com outras emoções) e de conseqüências devastadoras (por exemplo, comportamentos inapropriados ou disfuncionais).

Quando o medo nos paralisa, incapacitando-nos para uma acção adequada, podemos estar perante traumas ou interferencias anteriores. Nestes casos, não só o medo, como qualquer outra emoção passa a ter um efeito desadaptativo e desorganizador sobre a personalidade.

 

As emoções têm funções cruciais para nossa sobrevivência. O corpo responde com reações fisiológicas por algum motivo. Se a raiva, não tivesse um propósito biológico, nós viveríamos sempre calmos. Se a tristeza não tivesse um propósito biológico, nós nunca derramaríamos uma lágrima.

 

Os exemplos anteriores foram lembrados para introduzir um princípio psicológico que me parece essencial: não existem emoções inúteis, prejudiciais ou negativas. Todas têm um propósito útil. Se forem negadas, suprimidas ou distorcidas, terão um efeito desastroso a curto ou a longo prazo sobre nós e sobre aqueles que nos rodeiam. A tristeza ou a raiva não processada adequadamente pode levar à depressão. Sentir tristeza é natural, faz parte da nossa biologia, a depressao é patologia. O mesmo acontece com o medo, se o negarmos corremos o risco de sofrermos de alguma perturbação de ansiedade.

O conceito de emoções negativas, tem um significado de inútil ou prejudicial, que se refere ao facto de certas emoções serem sentidas como desagradáveis. Mesmo estas que sentimos subjetivamente como desagradáveis (tristeza, medo, raiva, etc.) são úteis, têm uma função precisa e devem ser experienciadas e expressadas adequadamente para que sejam potencialmente reparadoras.


 

Pense nisto. Aceite as suas emoções e perceba as “mensagens” que o seu corpo lhe dá. Não só é licito sentir dor, raiva, medo ou tristeza, como é uma boa forma de prevenir o aparecimento de perturbações psicológicas.

Se sentir dificuldade em entrar em contacto com as suas emoções e expressá-las apropriadamente não hesite em procurar ajuda de psicoterapia.

 

Catarina de Castro Lopes

Directora Clinica de Psicologia da White

Que máscaras usa?

Quando usamos uma mascara de Carnaval podemos esconder a nossa identidade e transformarmo-nos nem que seja por breves momentos. Podemos dar azo à fantasia e mergulhar nos vários “eus” que habitam dentro de nós.

Muitas vezes usamos mascaras sociais como esconderijo da nossa identidade, de forma a sentirmo-nos mais seguros e protegidos. Na realidade usamo-las todos os dias e é desta forma que desempenhamos os vários papeis nas nossas vidas – o papel de mãe, de filho, de amigo, de namorado, de profissional. É com estas mascaras que nos relacionamos e que temos as atitudes adequadas para cada circunstancia.

Usarmos mascaras sociais não significa que sejamos falsos ou más pessoas. Se observar o comportamento de determinadas pessoas em contexto social, por exemplo numa festa, vai reparar em múltiplos tipos de mascaras. Verá os mais curiosos, os reservados, os desconfiados, os excêntricos e uma infinidade de outras formas de estar em ambiente festivo.

Comportamo-nos de determinada forma quando estamos numa festa com amigos e de outra totalmente distinta se estivermos no nosso local de trabalho. Assumimos posturas diferentes, adequadas a cada contexto. O vocabulário que usamos muda, vestimo-nos de forma diferente e interagimos mostrando mais ou menos as nossas emoções.

Contudo, é importante perceber se o uso destas mascaras é efectivamente vantajoso, isto é, se garantem a aprovação dos outros, melhoram o seu desempenho nas diversas áreas da sua vida e lhe trazem bem-estar. Se pelo contrario o tornam numa pessoa menos espontânea, mais receosa, insegura ou mais dependente da opinião dos outros, então talvez esteja na altura de mudar de mascara. Ou seja, é importante reflectir:

Quem é que está por trás de todas estas mascaras que usa e que função desempenham na sua vida?

 

Pense nisto!

 

 

 

 

Catarina de Castro Lopes

Diretora Clínica de Psicologia na White